Teatro Musical

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Produção: Criaturas Alaranjadas e Signorini Produções

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A trupe


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Vozes da cidade

Uma temporada com dez espetáculos brasilienses marca o ano mais fértil da longa história de musicais na capital

O elenco de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José: rotina diária de ensaios (Foto: Roberto Castro)
O elenco de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José: rotina diária de ensaios (Foto: Roberto Castro)
01.mai.2014 11:25:44 | por Mariana Moreira
Sob o holofote azul que ilumina o palco do Teatro Sesc Garagem, na 913 Sul, um grupo de jovens atores circulava de um lado para o outro. Ansiosos, eles estalavam os dedos, alongavam os braços, aqueciam a voz e preparavam o corpo para entrar em cena. Com as falas na ponta da língua, a maioria do elenco do musical De Carne, Osso e Concreto, dirigido por Adriana Lodi, estava prestes a viver uma experiência inédita: cantar e dançar enquanto interpreta. Ao pisarem no palco, no último dia 24, eles deram início a uma maratona histórica. Até o fim do ano, dez musicais produzidos na cidade entram em cartaz, o que configura a mais fértil temporada para o gênero já vista por aqui.

A montagem de Adriana tem a cara da cidade em vários sentidos. Com orçamento enxuto (módicos 160 000 reais), foi realizada de forma coletiva por ex-alunos de uma oficina que se profissionalizaram. Essa viagem arquetípica e afetiva por Brasília exigiu dedicação incomum e rendeu aprendizado à diretora, estreante nessa seara. “Uma das dúvidas era pôr microfone ou não no elenco. Optamos por algo simples, sem tecnologia”, explica. Outro iniciante nas múltiplas exigências de um musical é Sérgio Maggio. Jornalista e dramaturgo, ele assumiu os papéis de autor e diretor emEu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José, uma teatralização de hits do compositor goiano, com estreia marcada para quinta (8). “A música tem de ter narrativa, contar a história de forma orgânica”, destaca. Comparada à safra brasiliense, a montagem, que escalou a diva Maria Alcina, tem ares de superprodução. Além de doze atores, que cumprem uma intrincada e extenuante agenda de ensaios, conta com cinquenta nomes na ficha técnica e orçamento de 300 000 reais, graças ao patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil. “É a primeira vez que investimos financeiramente em um musical da cidade, com forte caráter de fomento e intercâmbio de artistas”, destaca Paula Sayão, gerente-geral do CCBB Brasília. Incansável, Maggio já se dedica a escrever outra produção do gênero, com estreia prevista para o segundo semestre. Desbunde, que será dirigida por Juliana Drummond, vai retratar uma trupe gay em plena ditadura militar, embalada por músicas dos grupos Dzi Croquettes, As Frenéticas, Secos & Molhados e afins.


Ensaio de uma turma da Escola de Teatro Musical de Brasília: superproduções e ex-alunos no eixo Rio-São Paulo (Foto: Roberto Castro)


Falta de intimidade com o assunto não é problema no caso de Luciana Martuchelli, que já contabiliza longo tempo de vivência no segmento de musicais. Para celebrar os vinte anos da sua Tao Filmes, misto de escola de canto e dança e produtora de filmes e peças, a artista acaba de encerrar as audições para Big Heart. O trabalho será encenado em julho no Teatro Goldoni. Em parceria com os 25 atores selecionados, e mais cinco músicos, Luciana desenvolverá uma obra sobre como o amor e a perda dele afetam a vida das pessoas. “O mundo de musicais te coloca em um lugar de afinco, competição e urgência. Nem todos aguentam essa pressão”, destaca a atriz, defensora de um toque mais brasileiro e menos industrial nesse tipo de produção. Tal angústia deverá ser enfrentada pela cantora e percussionista Nãnan Matos em seu projeto de contribuir com esse efervescente mercado. Entre outubro e novembro, ela levará ao Teatro Sesc Newton Rossi, em Ceilândia,Tradição Viva, uma mescla de música típica africana, teatro de bonecos e danças de rua, como break e street dance, a ser dirigida por Abaetê Queiroz. Por fim, o ator e diretor carioca Bruce Gomlevsky, que mantém um intercâmbio com a capital federal desde que fez sucesso por aqui com Renato Russo (2006), voltará para dirigir Uma Canção para Janis, tributo à cantora Janis Joplin que deve estrear em outubro, com Carol Fazu no papel principal e texto do cineasta José Eduardo Belmonte.

Na onda de formar talentos, algo que já se tornou uma característica forte da cidade, escolas planejam levar seus alunos da sala de aula direto para montagens de grande porte. Em três desses locais estão nascendo os títulos que completam a lista de musicais da temporada. Na Espaço Arte, a turma infantil montará Lorax — O Musical, baseado na animação O Lorax — Em Busca da Trúfula Perdida, com direito a efeitos especiais e telão de LED no cenário. Os adultos ensaiam Burlesque,releitura do filme estrelado por Christina Aguilera e Cher. “Nosso espaço trabalha com crianças a partir de 4 anos. Espero plantar uma sementinha”, diz Chris Dantas, proprietária da escola. Élia Cavalcante, da Actus Produções, outro centro de ensino, também aposta numa adaptação: está produzindo a versão de Rent. Enquanto isso, a Escola de Teatro Musical de Brasília prepara uma dramaturgia própria para encenar em agosto. Entre Sonhos e Sonhos tem direção-geral de Michelle Fiúza, diretora da escola, e aborda as perspectivas juvenis.


De Carne, Osso e Concreto: inspiração local e soluções simples (Foto: Roberto Castro)


Hoje famosa pela ininterrupta sequência de comédias, Brasília parece resgatar um gênero que já se fez presente por aqui. Ainda que com orçamento curto e necessidade de soluções criativas, os musicais figuram na história da cidade desde os primórdios. Em 1970, Sylvia Orthof causou furor com sua adaptação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Na mesma época, em plenos anos 70, Oswaldo Montenegro e Hugo Rodas estavam em constante atividade nesse universo. O último criou, em 1977, uma versão enxuta e mais política de Os Saltimbancos, de Sergio Bardotti e Chico Buarque, com seu revolucionário Grupo Pitú. “Uma vez, nós nos apresentamos para 20 000 pessoas em um ginásio de esportes”, lembra Rodas. Cada um a seu modo, Vladimir Fiúza, Murilo Eckhardt, Arthur Meskell, Alexandre Ribondi e Marcelo Saback foram alguns dos realizadores que agitaram a cena local.

Inspiração e garra eram e continuam sendo ingredientes essenciais para produzir numa cidade que, apesar da multiplicação de talentos, não investe no teatro musical. Sem atraírem patrocínio privado ou apoio relevante do governo, os produtores precisam cobrir gastos e pagar cachês com o dinheiro da bilheteria. Os custos de aluguel em salas de espetáculos são elevados, e a estrutura desses espaços não comporta o tamanho das produções. Embora sonhem alto, os artistas locais esbarram até na ausência de pessoal e de equipamentos adequados para tocar os projetos. “Não temos designer de som no teatro brasiliense”, afirma Sérgio Maggio. Chris Dantas faz coro na questão: “Usamos microfones de cabeça e precisamos trazê-los de fora. Aqui não há quantidade suficiente”.




Diante da falta de condições ideais, são muitos os entusiastas do gênero que buscam espaço fora do DF. A primeira “corrente migratória” ocorreu em 2001, na estreia da montagem de Os Miseráveis, em São Paulo. Dos dez protagonistas, sete eram brasilienses. Eles se saíram bem nas audições e tinham um nome em comum no currículo: Marconi Araújo, convidado para assumir a preparação vocal e, posteriormente, a batuta da produção. Hoje, o maestro tem agenda intensa no mercado brasileiro. Nesse fluxo de partida de talentos, Alírio Netto conquistou um papel em Jesus Cristo Superstar. Dan Cabral integrou o time de Zorro, Cabaret, Alô, Dolly! e A Gaiola das Loucas. Mateus Ribeiro é o novo queridinho de Cláudia Raia. Carolina Rocha foi escalada para Nas Alturas. E, ultrapassando as fronteiras nacionais, Victor Hugo Barreto encena seu quinto musical na Alemanha. Depois da temporada em O Rei Leão, ele estará na versão germânica de West Side Story (veja mais no quadro abaixo).




Com o mercado receptivo, espaços formadores de mão de obra proliferam pela cidade. O mais destacado é a Escola de Teatro Musical de Brasília, fundada por Michelle Fiúza há sete anos. Depois da abertura, os dezoito clientes iniciais viraram 100. Quem frequenta o nível avançado chega a dedicar sete horas semanais às lições. “Nosso objetivo é que eles tenham bagagem para entrar no eixo Rio-São Paulo”, afirma Michelle, que já emplacou diversos alunos em grandes produções. Motivos de ânimo para eles não faltam. Como se não bastasse a ebulição da oferta de projetos locais, recebemos boas referências externas neste ano. Além deGonzagão — A Lenda e Shrek — O Musical, que passaram recentemente por aqui,Cazuza, pro Dia Nascer Feliz — O Musical Jim visitam a cidade neste mês com ingressos esgotados. São mais incentivos para Brasília fincar raízes no teatro musical. “Temos muita gente capacitada que não pretende deixar a cidade”, avalia o ator Danilo Timm. Se isso acontecer, produtores, artistas e público certamente aplaudirão juntos. 

Veja Brasília

Postado em 28/01/2014 por Rosualdo Rodrigues | Comentários

Musical com canções de Odair José estreia em maio

odairjose
Odair José (foto) vai passar uma temporada em Brasília, em maio próximo. A partir do dia 5 desse mês, o cantor e compositor ficará em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, com o espetáculo Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José, que tem roteiro e direção do jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio, baiano radicado em Brasília.
O autor de O Cabaré das Donzelas Inocentes volta ao ambiente de sua peça de estreia para mostrar um enredo que mistura teatro e música, tendo como fio condutor as canções do autor de Pare de Tomar a Pílula e outros sucessos populares.
Além de Odair José, estará em cena a cantora Maria Alcina, no papel de uma cafetina. O restante do elenco será escolhido em audição, aberta a atores-cantores na faixa etária de 20 a 35 anos de idade. Os interessados poderão obter mais informações nas páginas da produção no Facebook (https://www.facebook.com/odairjosemusical) e na Blogspot (http://www.odairjosemusical.blogspot.com.br/)
O projeto de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José foi aprovado em edital do CCBB e para realizá-lo, Maggio se associou à produtora paulista Fernanda Signorini. A ideia é produzir em Brasília um musical com potencial de fazer carreira nacional.

Jornal da Comunidade

As canções de Odair José

Tamanho da Fonte     Redação Jornal da Comunidade
Pela primeira vez, as canções de um dos maiores ícones da música popular e romântica brasileira estarão no palco para dar vida a uma dramaturgia inédita. O musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José foi totalmente inspirado no vasto repertório do cantor e compositor goiano, e marca ainda o retorno da explosiva cantora mineira Maria Alcina. A intérprete, que este ano comemora quatro décadas de carreira e acaba de lançar o prestigiado álbum de inéditas De normal bastam os outros, faz o papel da cafetina China, criado especialmente para ela, que encabeça o elenco do musical.

A direção é de Sérgio Maggio, com supervisão musical do próprio Odair José. O espetáculo dá vida a uma história na qual tipos populares, tal qual a prostituta, a doméstica e o garoto sonhador, encontram-se numa dramaturgia entremeada por canções que permanecem vivas no imaginário popular brasileiro.
Longe de ser biográfica, a montagem é, pode-se dizer, uma ode ao criador de canções como Eu vou tirar você deste lugar e Pare de tomar a pílula. Cronista de seu tempo, Odair José relatou tipos urbanos segregados da sociedade e os incluiu num cancioneiro que se alastrou em todo o país. “São, na verdade, composições de forte cunho social para os anos 70 e ainda hoje”, diz Sergio Maggio.

Até 1º de junho; de quinta a sábado, às 21h; domingo, às 20h, no Teatro 1 do CCBB (SCES trecho 2). Ingressos a R$ 5 (meia). NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 10 ANOS.

Campus On-line (UnB)

Musical com canções de Odair José revive a obra do Cantor

Vitor Sales
    As músicas de Odair José marcam o musical que será lançado no próximo dia 8 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil. As canções do cantor são o pano de fundo para o desenrolar da trama de “Vou tirar você deste lugar”.
    Odair José marcou a cena brasileira da década de 1970 com letras que desafiavam o pudor da censura militar ao colocar como foco personagens e cenas do cotidiano que até aquele momento eram marginalizadas. Empregadas e prostitutas tornaram-se protagonistas de composições que são verdadeiras crônicas da realidade brasileira do período. “Odair José fala do povo, e isso incomodou muito. Ele vai ali no ceio na história das pessoas marginalizadas. Ele foi um dos cantores mais censurados, pois ele fala sobre comportamento, (...) ele começou a falar das pessoas que via, e a censura militar via isso como uma coisa perigosa pois a estrutura da ditadura está na família, tradição e propriedade, e ele vai atacar isso que ninguém estava atacando”, disse o diretor da peça Sérgio Maggio.
    A partir da canção “Vou tirar você deste lugar” lançada em 1972, o cantor passa por um momento de grande sucesso e tensão. A letra da música conta a história de um homem que se apaixona por uma prostituta e se casa com ela, o que chocou o conservadorismo militar. Com este incidente todas suas músicas começaram a passar pelo crivo da Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP).
    Jamile Racanicci
    O diretor Sérgio Maggio apresenta a equipe da peça "Eu vou te tirar deste lugar", baseada na obra musical de Odair José.
    O lançamento de “Uma vida só” com seu refrão “Pare de tomar a pílula, porque ela não deixa o nosso filho nascer. Pare de tomar a pílula, pois ela não deixa sua barriga crescer” foi proibida pelo governo que, no período, estruturava uma campanha de controle de natalidade baseada na distribuição de anticoncepcionais.
    Apesar das divergências com a Ditadura quanto a censura de suas músicas, Odair José conseguiu compor uma carreira musical sólida além de eternizar na memória brasileira canções pautadas pela sinceridade e pela capacidade de tocar em temas polêmicos que estão atrelados ao cotidiano.
    Sérgio Maggio, diretor e autor da peça, transpôs para os palcos uma trama permeada pela matéria prima das canções de Odair, “Não é um musical biográfico, mas um roteiro original.  A partir das canções eu  enxerguei as personagens, e nisso criei uma história inédita em que fui encaixando as canções.”
    Jamile Racanicci
    O ator Luiz Felipe Ferreira e a atriz Gabriela Correia ensaiam a música "Cadê você", de Odair José.
    Fazer um musical
    Os musicais estão cada vez mais no gosto do público brasileiro. Isso fica claro quando espetáculos nacionais desse gênero chegam a cifras milionárias, a exemplo disso são as produções “Elis Regina”, em que foram investidos R$ 4,5 milhões, “Se eu fosse você” , R$ 10 milhões, e “Tudo por um posptar” R$3,5 milhões. Os espectadores vêm consolidando o consumo de musicais, o mercado e patrocinadores começam a descobrir esse campo cultural.
    Brasília possui poucos musicais com montagem própria, o eixo de produção concentrado entre Rio de Janeiro e São Paulo dificulta a cena regional. “A gente tem a missão de dar certo, para que invistam no potencial daqui, Brasília exportou muitos interpretes. Estamos pegando com uma geração novíssima que não precisou ir para Rio ou São Paulo fazer musical, que pode ter essa experiência aqui.”, explica Maggio.
    O Elenco
    “Vou tirar você deste lugar” é nova oportunidade não só pra o público prestigiar um produto autenticamente brasiliense, mas também para assistir jovens artistas da capital que começam a viver o gênero musical.
    “É um gênero muito complicado de se trabalhar que exige uma capacidade técnica e habilidades muito específicas. Então, além de você ser ator em cena, você tem que estar cantando em cena, o que exige muita técnica. Você tem também que dançar, o que exige uma técnica mais específica ainda, tem que ter um jogo de cintura. Eu estou realizando um sonho de fazer um musical em Brasília.” comentou a atriz Gabriela Correia que se prepara para estrelar seu primeiro musical.
    Além de contar com jovens atores o elenco também é composto pela ilustre presença de Maria Alcina. Agora em 2014, a irreverente cantora completa 40 anos de carreira, “Fico muito feliz, estou fazendo 40 anos de carreira, isso foi pra mim um marco fundamental na minha vida, e ainda estar me renovando no sentindo de estar fazendo coisas diferentes como um musical me deixa mais feliz”.
    Jamile Racanicci
    Mais conhecida por interpretar a música "Fio Maravilha", de Jorge Ben, a cantora Maria Alcina teve seu auge nos anos 70.
    Maria Alcina, que assim como Odair José teve sua carreira prejudicada pela Ditadura Militar por ser acusada de  “atentado contra a moral e os bons costumes da família brasileira”, se reinventa nos palcos e no mercado com o lançamento de seu novo CD, “De normal bastam os outros”. “Eu vim aqui para Brasília, mas as coisas em São Paulo continuam. Meu produtor tá agitando a mil lá e eu precisava de um trabalho para poder exuberar mais. Para mim foi muito bom estar convivendo com os atores, todos muito jovens, o que renovou minha energia para que em 2014 eu possa sair pelo mundo.”


    O espetáculo
    “O público que vai assistir achando que vai ver um espetáculo brega irá sair surpreendido cantando as músicas do Odair. Aquelas pessoas que forem apenas por curiosidade vão começar gostar do Odair e quem já gostava do Odair vai gostar mais ainda, porque neste espetáculo são resgatadas músicas que estão muito desconhecidas do grande público.”, contou o ator veterano, que também estará no elenco, Jones de Abreu.
    O autor faz mistério quanto ao roteiro, porém adianta que o ponto de partida é um caso real que foi a morte da famosa cortesã Nenê Romano na São Paulo dos anos 1920, a meretriz  foi morta por um de seus clientes que havia se apaixonado por ela. A partir daí o tempo da peça se transfere para os anos 1970, que é quando enredo se desenrola.
    O musical “Eu vou tirar você deste lugar” estreia em 8 de maio de 2014, no CCBB Brasília. As sessões são de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h. Os Ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia). Vendas a partir de 27 de abril na bilheteria do CCBB (Setor de Clubes Sul).

    Jornal Teatro

    As Canções de Odair José

    music1.jpgPela primeira vez, as canções de um dos maiores ícones da música popular e romântica brasileira estarão no palco para dar vida a uma dramaturgia inédita. Eu vou tirar você deste lugar – As Canções de Odair José, que estreia 8 de maio para o público, cumpre temporada no  Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB), de quinta a domingo, até o dia 1 de junho, foi totalmente inspirada no vasto repertório do cantor e compositor goiano e marca ainda o retorno da explosiva cantora mineira Maria Alcina atuando como atriz em um espetáculo do gênero. Alcina (que esse ano comemora quatro décadas de carreira e acaba de lançar o prestigiado álbum de inéditas De Normal Bastam os Outros) interpreta a cafetina “China” na montagem.

    O papel foi criado especialmente para Maria Alcina, que encabeça o elenco do musical, pelo baiano-brasiliense Sérgio Maggio, diretor e roteirista de As Canções de Odair José. Maggio também é diretor de Eros Impuro, peça que já foi apresentada em temporadas Brasil afora. A cantora Maria Alcina já se encontra em Brasília, onde faz ensaios para a estreia. O espetáculo tem a benção do compositor Odair José, supervisor musical da montagem, que está diretamente envolvido com na seleção do repertório de canções propostas por Maggio. 
    Eu vou tirar você deste lugar – As Canções de Odair José marca também marca uma importante estreia. Será a primeira vez que Maria Alcina interpretará músicas do vasto e simbólico repertório de sucessos criado por Odair. O projeto  também o primeiro baseado na obra de Odair José  realizado no Brasil. Aliás, outro ponto digno de nota, é que o musical tem a sua estreia em Brasília – ou seja, deslocada da dobradinha cultural tradicionalmente formada por Rio/SP, numa aposta ousada do CCBB Brasília.
    O musical dá vida a uma história na qual tipos populares, tal qual a prostituta, a doméstica e o garoto sonhador encontram-se numa dramaturgia entremeada por canções que permanecem vivas no imaginário popular brasileiro. Longe de ser biográfica, a montagem é, pode-se dizer, uma ode ao criador de canções como “Eu vou tirar você deste lugar” e “Pare de tomar a pílula”. Cronista de seu tempo, Odair José relatou tipos urbanos segregados da sociedade e os incluiu num cancioneiro popular que se alastrou em todo o país. “São, na verdade, composições [de Odair José] de forte cunho social, para os anos 1970 e ainda hoje”, diz Sergio Maggio, diretor do espetáculo.
    Produção – Em As Canções de Odair José, quem assina a direção de produção é Fernanda Signorini, produtora com mais de 30 anos de experiência. Recentemente, Fernanda produziu o premiado espetáculo Eu não dava praquilo, com Cássio Scapin. A produtora executiva é Claudia Charmilot, que iniciou a carreira há 20 anos com Deto Montenegro e hoje atua entre Brasília e Rio de Janeiro. Produz, atualmente, a montagem Eros Impuro. A direção musical está sob a batuta do músico Alex Souza, também ator, compositor e integrante do grupo Caraivana. A diretora de movimento é Márcia Duarte, coreógrafa do histórico grupo Endança, de Brasília. Outros nomes que integrarão o elenco, além de Maria Alcina, são o ator Jones de Abreu, que atuou em peças dirigidas por Hugo Rodas, Antonio Abujamra e Miriam Virna, e Camila Guerra, atriz revelada na peça de Hugo Rodas, Ensaio Geral. Completam o elenco jovens descobertos em audição. São eles: Luiz Felipe Ferreira, Gabriela Corrêa, Rodrigo Mármore, Tainá Baldez e Gabriel Estrela. A equipe de 40 profissionais conta ainda com Marielhe Borges (preparadora vocal e uma das finalistas da primeira edição do programa Ídolos), Vinicius Ferreira (iluminador e parceiro de Maggio em Eros Impuro), Maria Carmem (uma das principais cenógrafas do país, com passagem no histórico Teatro Jovem nos anos 1960), Roustang Carrilho (premiado figurinista de Brasília), Cyntia Carla (requisitada visagista). Autora de um dos musicais mais badalados nos anos 1990, Os Cafajestes, Aninha Franco será uma provocadora cênica durante a realização do processo.
    Odair – Odair José também integra a ficha técnica do projeto. Ele foi convidado pessoalmente por Sérgio Maggio para supervisionar a pesquisa musical e a escolha de repertório, fugindo do caminho fácil de selecionar somente seus inúmeros hits. Lisonjeado com o convite, aceitou integrar o processo de criação. Toda a produção de As Canções de Odair José será feita em Brasília, e assim colocar a cidade nacionalmente no circuito de musicais.

    Crítica Lúcio Flávio (Jornal Meia Hum)

    Eu vou tirar você desse lugar – O musical

    Espetáculo que homenageia Odair José tem tudo para brilhar no país
    Espetáculo que homenageia Odair José tem tudo para brilhar no país inteiro
    As músicas de Odair José, independente de seres brega, pop brega ou qualquer rótulo boboca que quiserem dar, mora no inconsciente das pessoas de forma absoluta e apaixonante. Se você duvida então vá conferir o musical Eu vou tirar você desse lugar, em cartaz no CCBB Brasília de hoje a 1º de junho. Com direção e roteiro de Sérgio Maggio, jornalista e dramaturgo da cidade, o espetáculo é um passeio delicioso pelos maiores sucessos do cantor popular que vendeu milhões de discos, foi perseguido pela ditadura e até hoje, aos 65 anos, continua na ativa, emocionando fãs com seu cancioneiro romântico.
    Mas engana quem pense que a peça é uma biografia musicada do cantor e compositor. Valendo-se apenas das canções do artista, o diretor e autor, com bastante irreverência e criatividade, cria um enredo cheio de drama, nostalgia, alegria, intrigas familiares, e, claro, muita música. No palco, oito atores, entre eles a diva Maria Alcina e uma banda de “rock ‘and’ roll” comandada pelo diretor musical Alex Souza, ajudam a contar essa história.
    História que começa no final dos anos 20, São Paulo, terra de grandes riquezas e onde a elite da cidade, formada por políticos, barões do café e industriais, farreiam na noite num badalado bordel comandado por uma cafetina do balacobaco. Paralelamente somos apresentados ao drama de Odilon e seu filho Mathias, que não se entendem. O pai quer ver o filho com diploma de doutor na mão. O filho quer seguir carreira de artista. Odair José 2
    “Sonho é coisa de menininha”, avisa o pai, vivido pelo ótimo ator Jones de Abreu que, quando solta a voz, se revela um cantor de grande talento.
    Passado anos, o público é transportando para os anos 60 onde os conflitos entre pai e filho estão ainda mais acirrados por conta do clima da guerra fria vigente no Brasil com a ditadura militar. É quando entre em cena assuntos como censura aos artistas, liberdade de expressão e ideologias políticas. “Não sei o que é pior, ser comunista ou artista”, ironiza o pai advogado.
    Estrela do espetáculo, a cantora Maria Alcina – cantora e dançarina de destaques da música brasileira nos anos 70 -, vive aqui com toda sua simpatia, alegria de viver e vozeirão de arrepiar, a dona de um cabaré no passado que retoma o empreendimento anos depois em nome dos velhos tempos. É nesse ambiente de luxúria, prazer e liberdade que pai e filho irão se confrontar e se entender.
    Com trama bem amarrada, cheia de situações divertidas no estilo comédias de erros, e atuações estupendas, Eu vou tirar você desse lugar, que traz cenografia apropriadamente cafona, tem tudo para ser um dos grandes sucessos dos palcos brasileiros este ano. A forma como o autor encaixa os sucessos do cantor e compositor goiano Odair José entre uma cena e outra, apresentando personagens marcantes de suas canções como a prostituta, a empregada doméstica, o artista sonhador, entre outros, é hilária. “O amor de cortesã é choro e vela”, brinca um dos personagens.
    E claro, ao som de hits como A noite mais linda do mundo, Eu, você e a praça, Minhas coisas, Uma lágrima e, claro, Eu vou tirar você desse lugar, entre outros, o público se deixa envolver cantando em uma só voz os grandes sucessos. E o que é melhor, saem do espetáculo embalados pelas canções de Odair José.
    * Este texto foi escrito ao som de: 20 super sucessos (Odair José – 2004)

    Primeira temporada Brasília

    Sérgio Maggio encerra apresentação em Brasília neste domingo

    Publicação: 01/06/2014 14:13 Atualização: 01/06/2014 17:08

    'Odair José fez coisas incríveis como colocar guitarra nas modinhas sertanejas', diz Sergio Maggio ( Carlos Vieira/CB/D.A Press)
    "Odair José fez coisas incríveis como colocar guitarra nas modinhas sertanejas", diz Sergio Maggio

    Um dos primeiros sucessos de Leandro e Leonardo é Cade você, do Odair José que, nos anos 70, já tinha quebrado tudo. Ele é o mesmo cara capaz de naquela época, dizer que um homem pode casar com uma prostituta e ser feliz", ressalta o dramaturgo Sérgio Maggio, enquanto celebra a mais recente empreitada nos palcos: um musical. Depois de quase um mês de apresentações, a temporada chega ao fim no CCBB, com a derradeira apresentação às 20h.

    "Minha mãe, Dona Estér, me jogou nesse lugar: e eu tenho que agradecer. Foi a partir dela que se fez uma conexão na minha cabeça com a ambientação da peça", sublinha Maggio. O título do espetáculo, por sinal, já ressalta a abordagem que pende à transitoriedade: Eu vou tirar você desse lugar — As canções de Odair José. "Todos os personagens querem sair do lugar em que estão", justifica o também escritor e jornalista.

    Com a retomada dos musicais no final dos 80, e começo dos 90, Sérgio Maggio conta que passou a ser "um espectador intenso" do gênero. Das várias fases, ficaram marcas das peças importadas; no final dos anos 80, a retomada foi traçada por Marília Pera, com Elas por ela e depois ainda acompanhou a onda dos biográficos, com obras de Charles Möeller e Cláudio Botelho. Mas, contrariando a obviedade, nada de traços da trajetória de vida de Odair José, numa vertente biográfica, habita Eu vou tirar você deste lugar.

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    O peso do brega igualmente é contestado pelo autor do espetáculo. "O Odair é conhecido por defender as empregadas domésticas, dar uma identidade para elas. A questão do brega foi rótulo do qual o próprio Zeca Baleiro, no passado, já tinha libertado Odair José. Zeca afirmou: ‘esse cara é rock’n’roll!’ Ele organizou um CD em que o melhor da nata do pop rock gravou. Isso jogou Odair em outro lugar", destaca o jornalista.

    Depois de ouvir com atenção a mais de 150 músicas do ícone, Maggio não esconde feição de quase tiete: "Odair José fez coisas incríveis como colocar guitarra nas modinhas sertanejas. Então, lá nos anos 70, o pessoal da Tropicália se identificou, e ele que virou um tanto do grupo. No LP Phono 73 — O canto de um povo, o Caetano Veloso canta com ele. Ele tava com Gal Costa, com a Maria Bethânia, com a Nara Leão e era incensado, justo por estar fazendo algo novo".

     (Divulgação)

    Três perguntas // Maria Alcina

    Na São Paulo dos anos 20, houve uma cortesã que tinha a cidade aos seus pés, mas não queria deixar a chamada vida fácil, mesmo diante de uma penca de oportunidades. Com direito à futura e intrigante escultura em Mausoléu no Cemitério da Consolação (SP), intitulada Interrogação, um dos maiores amores da moça — um renomado aristocrata — deu trágico fim ao romance, nesta que foi das histórias que inspiraram Sérgio Maggio a criar o musical apresentado no CCBB. Outra das pontas da criação da peça que abriu muitas frentes na lida com 40 profissionais envolvidos, responde pelo nome de Maria Alcina. "Quando fui escrever tudo, pensei: ‘quero uma cantora que possa ser atriz’. Eu escrevi o personagem central para ela", explica, em torno da musa que, por coincidência, celebra 40 anos de profissão da cantora.

    Como se deu o início de sua carreira?
    Na verdade, eu não tenho uma formação acadêmica. Não estudei música, nem entrei em conservatório. Foi ao contrário dos meus irmãos instrumentistas que, todos, estudaram música. Isso, por meu pai ser um apaixonado por música. Sou da época em que a mulher era para casa, para casamento, e eu sempre tive espírito de porco — querendo estudar, e não conseguia. Sempre fui de observar, então, tudo para mim tava valendo e era lindo. Fui autodidata, sempre no método acertando e errando. Profissionalmente, canto desde 1972, no Maracanazinho, quando fui lançada no Festival Internacional da Canção, cantando Fio maravilha (do Jorge Ben).

    Há coisas que passaram, sem serem aproveitadas, nestes 40 anos de profissão?
    (Risos) Houve algo muito inesperado, lá nos anos 70: o João Bosco me deu músicas, ele foi encontrar comigo, me mostrou as composições, e o Fagner também havia mandado músicas para mim e eu estava no carro, com meu empresário, e o carro foi roubado e tava a fita toda lá... Então, o ladrão levou o carro com a fita e tudo mais (risos).

    Sua música chegou ao exterior?

    Hoje, com a internet, todo mundo tá no mundo, né? Eu comecei a ir para os Estados Unidos, em 1984, para fazer carnaval... Fiquei praticamente até meados dos anos 90, sempre viajando e tive a oportunidade de ficar lá, um ano, trabalhando. Meu público era de brasileiros, espanhóis e americanos. Variava muito, de acordo com o show que a gente ia fazer. Era gostoso. Tive a oportunidade de ter ficado fora do Brasil, mas eu nunca consegui me ver nesta perspectiva.

    Odair no Correio

    Sucessos do cantor Odair José ganham roupagem roqueira em musicalDirigido por Sérgio Maggio, o projeto " Eu vou tirar você deste lugar" está em cartaz até 1º de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

    Publicação: 07/05/2014 08:17 Atualização: 07/05/2014 09:25

    Foram mais de 350 horas de ensaio e o esforço de uma equipe de 50 pessoas para dar vida a um projeto inédito, que reverencia um dos maiores ícones da música popular brasileira. “Vejo muitas homenagens aos artistas que já se foram, é claro que é bom que se faça. Mas se puder ter isso em vida é ainda melhor. Passa a sensação de que meu trabalho foi válido”, emociona-se o goiano Odair José, que dominou as paradas musicais nos anos 1970 com sucessos como Cadê Você, Pare de tomar a pílula e a canção que dá nome ao espetáculo, Eu vou tirar você deste lugar, em cartaz até 1º de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

    O elenco: caras novas das artes cênicas brasilienses dominam o espetáculo (Carlos Vieira/CB/D.A Press)
    O elenco: caras novas das artes cênicas brasilienses dominam o espetáculo


    “Demorou, mas foi muito prazeroso, fizemos tudo na base de muito afeto”, define o diretor Sérgio Maggio, que encarou o desafio de montar um musical que não fosse necessariamente uma biografia cênica, mas uma criação que tivesse a ver com o universo de Odair José. “Quando Sérgio me procurou, fiquei muito feliz e sempre acompanhei, foi um processo longo”, conta o próprio cantor.


    Odair prestou uma espécie de consultoria na escolha das músicas do espetáculo. “Ele foi extremamente generoso, apontou as canções que mais tinham a ver com ele e com o roteiro“, revela Alex Souza, diretor musical e intérprete que, ao lado de outros três músicos, permanecem durante todo a apresentação no palco transformado em cabaré. Uma das gratas surpresas do musical é a performance da cantora Maria Alcina. “Tivemos uma preparação espetacular, esse palco virou minha casa, fui muito bem recebida. O pessoal vai ter que me mandar embora, senão eu vou ficando”, conta ela. 

    Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José

    Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Trecho 2, conjunto 22; telefone 3108-7600), de 8 de maio a 1° de junho, de quinta a sábado às 21h e domingo às 20h. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Classificação indicativa: 10 anos.

    Odair no G1 DF

    06/05/2014 19h45 - Atualizado em 07/05/2014 13h50

    Canções de Odair José inspiram espetáculo musical em Brasília

    'Eu vou tirar você desse lugar' traz músicas de várias épocas do cantor.
    Montagem com Maria Alcina no elenco estreia nesta quinta (8) no CCBB.

    Do G1 DF
    Odair José (Foto: Divulgação)O cantor e compositor Odair José, que inspirou o musical "Eu vou tirar você desse lugar" (Foto: Divulgação)
    Parte do universo de personagens criados pelo cantor e compositor Odair José ganha vida no palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) a partir desta quinta-feira (8). O musical “Eu vou tirar você desse lugar” é atração até 1º de junho, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
    No espetáculo, tipos retratados pelo artista em suas músicas, como a prostituta da canção que dá nome ao musical, a empregada doméstica e o jovem sonhador, vivem histórias encenadas por um elenco composto por oito atores, entre eles a cantora Maria Alcina.

    Entre as composições de Odair José que fazem parte da montagem estão alguns de seus maiores sucessos, como "Eu vou tirar você desse lugar", "Pare de tomar a pílular" e "Cadê você".

    Segundo o diretor do espetáculo, Sérgio Maggio, ao retratar personagens marginalizados pela sociedade Odair José criou uma narrativa inovadora. “As músicas são todas composições de forte cunho social, para os anos 1970 e ainda hoje”, afirma. Para ele, as canções permanecem vivas no imaginário popular brasileiro ainda hoje.

    O próprio Odair José foi chamado para supervisionar a pesquisa musical e a escolha do repertório. "Não foram selecionados apenas os meus hits", afirma o cantor.
    “Fiquei muito satisfeito, após esses tantos anos de carreira, de saber que o meu trabalho de cantor, compositor e cronista poderia, além de tudo, chegar a esse tipo de alcance. Ou seja, ir para o palco."