Teatro Musical

Teatro Musical
Produção: Criaturas Alaranjadas e Signorini Produções

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Uma ótima leitura do Estado de Minas









Ele também dá rock »

Musical mostra que o Odair José extrapola os clichês associados à  cafonice


Ana Clara Brant - EM Cultura



O cantor e compositor goiano Odair José já foi tachado de brega, de rei das empregadas, Bob Dylan da Central do Brasil. Mas, de uns tempos para cá, passou a ser considerado cult. Sua obra foi revisitada por vários artistas da MPB, sobretudo seu lado mais roqueiro. E é essa faceta, mesclada à comédia popular que dá o tom ao espetáculo que chega a Belo Horizonte no fim de semana: 'Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José'.

 “É uma produção muito intensa. No imaginário das pessoas ainda tem essa coisa do brega, do cafona, mas a pegada do rock and roll é muito forte e é isso que está presente no nosso musical. Claro que não vão faltar as baladas, porém com arranjos contemporâneos. Odair tem uma matriz musical que não envelheceu”, destaca o jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio, responsável pelo texto e pela direção.

A produção que estreou em Brasília em maio, e foi sucesso de crítica e público, traz num roteiro inédito e ficcional, 20 temas que marcaram a trajetória do autor de 'Cadê você' e 'Pare de tomar a pílula', construindo um mosaico que passeia por quase cinco décadas de uma carreira consagrada, com 10 milhões de discos vendidos. O musical reúne elenco do teatro brasiliense, como os atores Jones de Abreu e Camila Guerra, além da participação mais do que especial da cantora Maria Alcina, que, pela primeira vez, interpreta canções de Odair José.

Maggio, que tem uma relação pessoal com a artista desde 2003, conta que já escreveu o texto pensando nela, que vive uma cafetina. “Alcina é uma grande surpresa. Apesar de ser cantora, ela tem uma potencialidade e uma força cênica muito grande e tem recebido elogios de todos”, ressalta.

Apesar de ainda não ter assistido a nenhuma apresentação, Odair José tem acompanhado toda a repercussão de 'Eu vou tirar você deste lugar...' e, durante o processo de ensaios e produção, deu uma espécie de consultoria à distância. “Ele foi muito aberto desde o começo e ficou feliz em saber que sua obra ia servir para um teatro de qualidade. Isso é muito bacana. Apesar de não ter conseguido ver, por questões de agenda, tem tempo ainda porque devemos viajar por várias cidades. Em São Paulo, a gente vai ficar em cartaz de novembro a janeiro”, adianta Maggio.

'Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José' conta também com a direção de produção de Fernanda Signorini; direção musical do músico Alex Souza, também ator, compositor e integrante do grupo Caraivana, e direção de movimento de Márcia Duarte, coreógrafa do histórico grupo EnDança, de Brasília.

Mesmo não tendo estreado no eixo Rio-São Paulo, Sérgio Maggio diz que a repercussão da montagem tem sido extremamente positiva, e que ele pode mostrar que é possível fazer um musical de qualidade fora dessas duas metrópoles. “Para Brasília foi um grande feito; quebramos esse eixo de criação. E acredito que isso se deu pelo fato de termos mostrado a obra de Odair, um dos maiores nomes da música romântica do país, que tem seu lugar na história e uma raiz bem brasileira, e também por termos Maria Alcina no elenco, outro ícone. Tudo isso ajudou ainda mais a dar evidência ao musical”, afirma.







sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Watusi


Jones de Abreu


A banda


Luiz Felipe Ferreira


Camila Guerra


Gabriela Correa


Rodrigo Mármore


Tainá Baldez


Renato Milan


Videorelease temporada SP


Drops críticos



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Temporada SP


Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o musical 
Eu Vou Tirar Você Deste Lugar - As Canções de Odair José
Inspirado no universo do cantor de Cadê Você Pare de Tomar a PílulaEu vou tirar você deste lugar segue em itinerância nacional, mostrando o vigor e a qualidade de temas de um músico que atravessou o tempo
crédito da foto: Alexandre Magno
Dia 20 de novembro, quinta-feira, estreia no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo o musical Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José.Dramaturgia e direção: Sérgio Maggio. Supervisão musical de Odair José. O musical terá o retorno da vedete negra Watusi, a primeira brasileira a estrelar nos shows do Moulin Rouge, em sua estreia como atriz. A temporada será de 20 de novembro a 22 de dezembro, de quinta a segunda. E retoma em janeiro de 8 a 19.
Sinopse: O espetáculo apresenta 20 temas que marcaram a trajetória do autor de Cadê você, Odair José, construindo um mosaico que passeia por cinco décadas de uma carreira consagrada com 10 milhões de discos vendidos.
Elenco: Watusi, Jones de Abreu, Camila Guerra, Gabriela Correa, Luiz Felipe Ferreira, e Rodrigo Mármore, Tainá Baldez e Renato Millan.
MúsicosAlex Souza, Renato Glória, William Gláucio e Vavá Afiouni
Durante as temporadas em Brasília (de 7 de maio a 1 de junho) e Belo Horizonte (19 e 20 de julho), era comum ouvir os espectadores deixarem o teatro cantarolando estrofes das composições de um dos maiores ídolos populares brasileiros. Sucesso de público e de crítica, o espetáculo reúne, num roteiro inédito e ficcional, 20 temas que marcaram a trajetória do autor de Cadê você Pare de Tomar a Pílula, construindo um mosaico que passeia por cinco décadas de uma carreira consagrada com 10 milhões de discos vendidos. “Estou muito feliz em saber que a minha obra serviu a um teatro de qualidade”, exalta Odair José, que assina a supervisão musical do espetáculo.
Com direção e roteiro de Sérgio Maggio, o musical reúne elenco de talentos do teatro brasiliense (boa parte descoberta por audição) e a participação especial da cantora Watusi, a primeira vedete negra que brilhou no mítico palco do Moulin Rouge. “É a primeira vez que interpreto uma personagem, do começo ao fim de um espetáculo teatral. Estou impressionada com a qualidade das canções de Odair José e a forma como foram entrelaçadas a um texto inédito”, destaca a cantora.
O espetáculo põe em cena tipos que habitam o repertório do compositor, avaliado em cerca de 400 canções, numa trama que se inicia, em 1923, quando a cidade de São Paulo foi abalada por um escândalo (o assassinato da cortesã Nenê Romano, morta por um jovem e renomado advogado), e segue para o ano de 1973, com o Brasil no auge da ditadura militar. “É nesse contexto que surge a história de um jovem que enfrenta a força patriarcal para realizar o sonho de ser um cantor de rock´n´roll. Tensões políticas e jogos de costumes conduzem a narrativa de uma comédia musical inspirada em gêneros populares como o teatro de revista, a estética das antigas companhias de teatro no Brasil, a chanchada e os folhetins”, conta Sérgio Maggio, autor do livro Conversas de Cafetinas (Prêmio Jabuti 2010).
Com processo de criação compartilhada, o musical leva o âmbito das canções de Odair José, por vezes associado ao pejorativo rótulo de brega, para o rock - forte influência do compositor nos anos 1970, quando chegou a ser comparado à sonoridade de Bob Dylan. A mistura do rock e da comédia popular produziu um dos maiores sucessos do teatro em Brasília nos últimos tempos, com sessões lotadas, ingressos extras e filas para ocupar as desistências. “O tempo tem sido o meu melhor crítico”, aponta Odair José, que, em agosto, lança CD inédito e de pegada rocker.
Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José tem a assinatura de direção de produção de Fernanda Signorini, produtora com mais de 30 anos de experiência. Recentemente, Fernanda produziu o premiado espetáculo Eu não dava praquilo, com Cássio Scapin. A direção musical está sob a batuta do músico Alex Souza, também ator, compositor e integrante do grupo Caraivana. A diretora de movimento é Márcia Duarte, coreógrafa do histórico grupo Endança, de Brasília. Outros nomes que integrarão o elenco, além de Watusi, são o ator Jones de Abreu (protagonista de Eros Impuro, monólogo de Sérgio Maggio, que circula o país desde 2011), que atuou em peças dirigidas por Hugo Rodas, Antonio Abujamra e Miriam Virna, e Camila Guerra, atriz revelada na peça de Hugo Rodas, Ensaio Geral. Completam o elenco jovem descoberto em audição. São eles: Luiz Felipe Ferreira, Gabriela Corrêa, Rodrigo Mármore e Tainá Baldez.crédito da foto: Paulo Henrique
“Musical mostra que Odair José extrapola os clichês associados à cafonice”
ESTADO DE MINAS
“O resultado, estimulante, vai tirar você deste lugar. Esqueça a quarta parede”
CORREIO BRAZILIENSE
“Simples e cativante”
VEJA BRASÍLIA
“Um delicioso passeio pelas canções de um ídolo popular”
JORNAL MEIAUM
Roteiro primoroso enlaça as músicas de Odair de forma natural”,
BLOG DO NOEL
Watusi, estrela em neon
Moulin Rouge, a casa de shows mais mítica da Europa, tem guardado em sua memória a passagem de Watusi, a primeira vedete negra que pisou no palco centenário. De 1978 a 1982, a brasileira tinha o nome destacado em neon na fachada como a primeira estrela. Como cantora e bailarina, encantou plateia internacional com uma voz especialíssima, interpretando em até cinco idiomas. Era o auge da carreira da menina de Niterói (RJ), que se diz ter nascida predestinada aos holofotes.
Em Paris, Watusi tornou-se a vedete mais bem paga da Europa. Aclamada até por astros do porte de Silvester Stallone, Rachel Welch e Yves Montand. Ao lado dos míticos bailarinos e atores Gene Kelly e Ginger Rogers, dividiu, certa vez, o palco, provocando delírio em quem testemunhou o encontro. Ganhou também o prestígio da crítica especializada. Nessa temporada francesa, o jornal O Diário de Barcelona estampou em suas páginas o comentário: “Se Watusi não existisse, teríamos de inventá-la”, enquanto a revista francesa Paris Match cravou: “É o mais jovem talento negro surgido nos últimos tempos em solo francês”.
Só na Europa, entre o Moulin Rouge e casas diversas, foram 13 anos. E os ecos chegavam ao Brasil atiçando a curiosidade.
Watusi vivia o auge e o glamour.
 Glamour, esta palavra sempre me acompanhou. Do Moulin Rouge até hoje. Mesmo não estando na mídia como antes, as pessoas param para ver Watusi, observa a vedete.
É assim, com essa energia, que Watusi prepara-se para assumir o papel de China, personagem vivida por Maria Alcina, na primeira fase do musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José. Alcina, que sai para cuidar dos shows do disco mais recente, De normal bastam os outros, passa o bastão para Watusi, que se enche de entusiasmo para viver a cafetina e madame da sociedade paulistana. “China tem uma relação divertida com o mundo das vedetes, seu humor é parecido comigo e canta temas belíssimos do Odair José. Estou completamente entregue ao trabalho”, avisa Watusi.
Essa vai ser a primeira participação de Watusi num projeto de teatro musical. Antes, ela trabalhou em shows e revistas. Nunca teve uma personagem do começo ao fim. Era simplesmente Watusi. Quando voltou ao Brasil, em 1983, ocupou por 12 anos (de 1983 a 1995) a famosa boate Scala, do Chico Recarey onde se apresentou 1.500 dias sem folga. No show, Golden Rio, contracenava com o mito Grande Othelo, num dos espetáculos marcantes da noite carioca.
Watusi tem três discos gravados. Em 2007, integrou, como cantora, a ópera O alabê de Jerusalém, de Altay Veloso. Até hoje, viaja pelo Brasil e exterior com o showAbraço musical, no qual canta em cinco idiomas. Detalhista, soube ao palco cuidando dos mínimos detalhes” A-do-ro! Preciso me apresentar bem à plateia, que quer saber com qual vestido Watusi vai entrar em cena. É gratificante. Então, cuido de todos os detalhes. Não como e nem bebo nada antes do show. Nem champanhe, nem vinho pra não correr o risco de trocar as palavras” revela.
SERVIÇO:
Musical Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José
Temporada de 20 de novembro 22 de dezembro em 2014
E em 2015 de 8 a 19 de janeiro.
De quinta a segunda: quinta a sábado às 20h; domingo às 19h e segunda às 20h.
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)
LocalCentro Cultural Banco do Brasil – São PauloRua Álvares Penteado, 112 - Centro
CEP: 01012-000 | São Paulo (SP)
Fone: (11) 3113-3651/3652
Funcionamento: quarta a segunda, 9h às 21h
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90 minutos
Acesso e facilidades para deficientes físicos // Ar-condicionado // Cafeteria Cafezal //
Estacionamento conveniado: Estapar Estacionamentos - Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) R$ 15,00 pelo período de 5 horas. Necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB. Transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) e na XV de novembro, esquina com a Rua da Quitanda, a vinte metros da entrada do CCBB.
Eu vou tirar você deste lugar – As Canções de Odair José
Ficha Técnica
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Dramaturgia e direçãoSérgio Maggio
Supervisor musicalOdair José
Elenco: Watusi, Jones de Abreu, Camila Guerra, Gabriela Correa, Luiz Felipe Ferreira, Rodrigo Mármore, Tainá Baldez e Renato Millan.
MúsicosAlex Souza, Renato Glória, William Gláucio e Vavá Afiouni
Diretor MusicalAlex Souza
Diretora de MovimentoMárcia Duarte
Diretor AssistenteJones de Abreu
Provocadora CênicaAninha Franco
CenógrafaMaria Carmen Souza
FigurinistaRoustang Carrilho
Iluminação: Vinicius Ferreira
Programador VisualDenise Simone Bacellar
Fotógrafo: Alexandre Magno
Operador de Som: Randal Juliano
Operador de LuzAlex
CamareiroJô Nascimento
Diretor de Palco:  José da Hora
Assessoria de Imprensa: Bemelmans Comunicações
Admistrador Financeiro: Cleo Chaves
Produtora ExecutivaAna Paula Martins
Direção de ProduçãoFernanda Signorini
Produção: Criaturas Alaranjadas e Signorinimkt Produções
Para receber informações dos eventos culturais divulgados pela Bemelmans Comunicações
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Temporada de BH


quarta-feira, 2 de julho de 2014

A trupe


Capa Veja Brasília

TEATRO

Vozes da cidade

Uma temporada com dez espetáculos brasilienses marca o ano mais fértil da longa história de musicais na capital

O elenco de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José: rotina diária de ensaios (Foto: Roberto Castro)
O elenco de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José: rotina diária de ensaios (Foto: Roberto Castro)
01.mai.2014 11:25:44 | por Mariana Moreira
Sob o holofote azul que ilumina o palco do Teatro Sesc Garagem, na 913 Sul, um grupo de jovens atores circulava de um lado para o outro. Ansiosos, eles estalavam os dedos, alongavam os braços, aqueciam a voz e preparavam o corpo para entrar em cena. Com as falas na ponta da língua, a maioria do elenco do musical De Carne, Osso e Concreto, dirigido por Adriana Lodi, estava prestes a viver uma experiência inédita: cantar e dançar enquanto interpreta. Ao pisarem no palco, no último dia 24, eles deram início a uma maratona histórica. Até o fim do ano, dez musicais produzidos na cidade entram em cartaz, o que configura a mais fértil temporada para o gênero já vista por aqui.

A montagem de Adriana tem a cara da cidade em vários sentidos. Com orçamento enxuto (módicos 160 000 reais), foi realizada de forma coletiva por ex-alunos de uma oficina que se profissionalizaram. Essa viagem arquetípica e afetiva por Brasília exigiu dedicação incomum e rendeu aprendizado à diretora, estreante nessa seara. “Uma das dúvidas era pôr microfone ou não no elenco. Optamos por algo simples, sem tecnologia”, explica. Outro iniciante nas múltiplas exigências de um musical é Sérgio Maggio. Jornalista e dramaturgo, ele assumiu os papéis de autor e diretor emEu Vou Tirar Você Deste Lugar — As Canções de Odair José, uma teatralização de hits do compositor goiano, com estreia marcada para quinta (8). “A música tem de ter narrativa, contar a história de forma orgânica”, destaca. Comparada à safra brasiliense, a montagem, que escalou a diva Maria Alcina, tem ares de superprodução. Além de doze atores, que cumprem uma intrincada e extenuante agenda de ensaios, conta com cinquenta nomes na ficha técnica e orçamento de 300 000 reais, graças ao patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil. “É a primeira vez que investimos financeiramente em um musical da cidade, com forte caráter de fomento e intercâmbio de artistas”, destaca Paula Sayão, gerente-geral do CCBB Brasília. Incansável, Maggio já se dedica a escrever outra produção do gênero, com estreia prevista para o segundo semestre. Desbunde, que será dirigida por Juliana Drummond, vai retratar uma trupe gay em plena ditadura militar, embalada por músicas dos grupos Dzi Croquettes, As Frenéticas, Secos & Molhados e afins.


Ensaio de uma turma da Escola de Teatro Musical de Brasília: superproduções e ex-alunos no eixo Rio-São Paulo (Foto: Roberto Castro)


Falta de intimidade com o assunto não é problema no caso de Luciana Martuchelli, que já contabiliza longo tempo de vivência no segmento de musicais. Para celebrar os vinte anos da sua Tao Filmes, misto de escola de canto e dança e produtora de filmes e peças, a artista acaba de encerrar as audições para Big Heart. O trabalho será encenado em julho no Teatro Goldoni. Em parceria com os 25 atores selecionados, e mais cinco músicos, Luciana desenvolverá uma obra sobre como o amor e a perda dele afetam a vida das pessoas. “O mundo de musicais te coloca em um lugar de afinco, competição e urgência. Nem todos aguentam essa pressão”, destaca a atriz, defensora de um toque mais brasileiro e menos industrial nesse tipo de produção. Tal angústia deverá ser enfrentada pela cantora e percussionista Nãnan Matos em seu projeto de contribuir com esse efervescente mercado. Entre outubro e novembro, ela levará ao Teatro Sesc Newton Rossi, em Ceilândia,Tradição Viva, uma mescla de música típica africana, teatro de bonecos e danças de rua, como break e street dance, a ser dirigida por Abaetê Queiroz. Por fim, o ator e diretor carioca Bruce Gomlevsky, que mantém um intercâmbio com a capital federal desde que fez sucesso por aqui com Renato Russo (2006), voltará para dirigir Uma Canção para Janis, tributo à cantora Janis Joplin que deve estrear em outubro, com Carol Fazu no papel principal e texto do cineasta José Eduardo Belmonte.

Na onda de formar talentos, algo que já se tornou uma característica forte da cidade, escolas planejam levar seus alunos da sala de aula direto para montagens de grande porte. Em três desses locais estão nascendo os títulos que completam a lista de musicais da temporada. Na Espaço Arte, a turma infantil montará Lorax — O Musical, baseado na animação O Lorax — Em Busca da Trúfula Perdida, com direito a efeitos especiais e telão de LED no cenário. Os adultos ensaiam Burlesque,releitura do filme estrelado por Christina Aguilera e Cher. “Nosso espaço trabalha com crianças a partir de 4 anos. Espero plantar uma sementinha”, diz Chris Dantas, proprietária da escola. Élia Cavalcante, da Actus Produções, outro centro de ensino, também aposta numa adaptação: está produzindo a versão de Rent. Enquanto isso, a Escola de Teatro Musical de Brasília prepara uma dramaturgia própria para encenar em agosto. Entre Sonhos e Sonhos tem direção-geral de Michelle Fiúza, diretora da escola, e aborda as perspectivas juvenis.


De Carne, Osso e Concreto: inspiração local e soluções simples (Foto: Roberto Castro)


Hoje famosa pela ininterrupta sequência de comédias, Brasília parece resgatar um gênero que já se fez presente por aqui. Ainda que com orçamento curto e necessidade de soluções criativas, os musicais figuram na história da cidade desde os primórdios. Em 1970, Sylvia Orthof causou furor com sua adaptação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Na mesma época, em plenos anos 70, Oswaldo Montenegro e Hugo Rodas estavam em constante atividade nesse universo. O último criou, em 1977, uma versão enxuta e mais política de Os Saltimbancos, de Sergio Bardotti e Chico Buarque, com seu revolucionário Grupo Pitú. “Uma vez, nós nos apresentamos para 20 000 pessoas em um ginásio de esportes”, lembra Rodas. Cada um a seu modo, Vladimir Fiúza, Murilo Eckhardt, Arthur Meskell, Alexandre Ribondi e Marcelo Saback foram alguns dos realizadores que agitaram a cena local.

Inspiração e garra eram e continuam sendo ingredientes essenciais para produzir numa cidade que, apesar da multiplicação de talentos, não investe no teatro musical. Sem atraírem patrocínio privado ou apoio relevante do governo, os produtores precisam cobrir gastos e pagar cachês com o dinheiro da bilheteria. Os custos de aluguel em salas de espetáculos são elevados, e a estrutura desses espaços não comporta o tamanho das produções. Embora sonhem alto, os artistas locais esbarram até na ausência de pessoal e de equipamentos adequados para tocar os projetos. “Não temos designer de som no teatro brasiliense”, afirma Sérgio Maggio. Chris Dantas faz coro na questão: “Usamos microfones de cabeça e precisamos trazê-los de fora. Aqui não há quantidade suficiente”.




Diante da falta de condições ideais, são muitos os entusiastas do gênero que buscam espaço fora do DF. A primeira “corrente migratória” ocorreu em 2001, na estreia da montagem de Os Miseráveis, em São Paulo. Dos dez protagonistas, sete eram brasilienses. Eles se saíram bem nas audições e tinham um nome em comum no currículo: Marconi Araújo, convidado para assumir a preparação vocal e, posteriormente, a batuta da produção. Hoje, o maestro tem agenda intensa no mercado brasileiro. Nesse fluxo de partida de talentos, Alírio Netto conquistou um papel em Jesus Cristo Superstar. Dan Cabral integrou o time de Zorro, Cabaret, Alô, Dolly! e A Gaiola das Loucas. Mateus Ribeiro é o novo queridinho de Cláudia Raia. Carolina Rocha foi escalada para Nas Alturas. E, ultrapassando as fronteiras nacionais, Victor Hugo Barreto encena seu quinto musical na Alemanha. Depois da temporada em O Rei Leão, ele estará na versão germânica de West Side Story (veja mais no quadro abaixo).




Com o mercado receptivo, espaços formadores de mão de obra proliferam pela cidade. O mais destacado é a Escola de Teatro Musical de Brasília, fundada por Michelle Fiúza há sete anos. Depois da abertura, os dezoito clientes iniciais viraram 100. Quem frequenta o nível avançado chega a dedicar sete horas semanais às lições. “Nosso objetivo é que eles tenham bagagem para entrar no eixo Rio-São Paulo”, afirma Michelle, que já emplacou diversos alunos em grandes produções. Motivos de ânimo para eles não faltam. Como se não bastasse a ebulição da oferta de projetos locais, recebemos boas referências externas neste ano. Além deGonzagão — A Lenda e Shrek — O Musical, que passaram recentemente por aqui,Cazuza, pro Dia Nascer Feliz — O Musical Jim visitam a cidade neste mês com ingressos esgotados. São mais incentivos para Brasília fincar raízes no teatro musical. “Temos muita gente capacitada que não pretende deixar a cidade”, avalia o ator Danilo Timm. Se isso acontecer, produtores, artistas e público certamente aplaudirão juntos. 

Veja Brasília

Postado em 28/01/2014 por Rosualdo Rodrigues | Comentários

Musical com canções de Odair José estreia em maio

odairjose
Odair José (foto) vai passar uma temporada em Brasília, em maio próximo. A partir do dia 5 desse mês, o cantor e compositor ficará em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, com o espetáculo Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José, que tem roteiro e direção do jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio, baiano radicado em Brasília.
O autor de O Cabaré das Donzelas Inocentes volta ao ambiente de sua peça de estreia para mostrar um enredo que mistura teatro e música, tendo como fio condutor as canções do autor de Pare de Tomar a Pílula e outros sucessos populares.
Além de Odair José, estará em cena a cantora Maria Alcina, no papel de uma cafetina. O restante do elenco será escolhido em audição, aberta a atores-cantores na faixa etária de 20 a 35 anos de idade. Os interessados poderão obter mais informações nas páginas da produção no Facebook (https://www.facebook.com/odairjosemusical) e na Blogspot (http://www.odairjosemusical.blogspot.com.br/)
O projeto de Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José foi aprovado em edital do CCBB e para realizá-lo, Maggio se associou à produtora paulista Fernanda Signorini. A ideia é produzir em Brasília um musical com potencial de fazer carreira nacional.

Jornal da Comunidade

As canções de Odair José

Tamanho da Fonte     Redação Jornal da Comunidade
Pela primeira vez, as canções de um dos maiores ícones da música popular e romântica brasileira estarão no palco para dar vida a uma dramaturgia inédita. O musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José foi totalmente inspirado no vasto repertório do cantor e compositor goiano, e marca ainda o retorno da explosiva cantora mineira Maria Alcina. A intérprete, que este ano comemora quatro décadas de carreira e acaba de lançar o prestigiado álbum de inéditas De normal bastam os outros, faz o papel da cafetina China, criado especialmente para ela, que encabeça o elenco do musical.

A direção é de Sérgio Maggio, com supervisão musical do próprio Odair José. O espetáculo dá vida a uma história na qual tipos populares, tal qual a prostituta, a doméstica e o garoto sonhador, encontram-se numa dramaturgia entremeada por canções que permanecem vivas no imaginário popular brasileiro.
Longe de ser biográfica, a montagem é, pode-se dizer, uma ode ao criador de canções como Eu vou tirar você deste lugar e Pare de tomar a pílula. Cronista de seu tempo, Odair José relatou tipos urbanos segregados da sociedade e os incluiu num cancioneiro que se alastrou em todo o país. “São, na verdade, composições de forte cunho social para os anos 70 e ainda hoje”, diz Sergio Maggio.

Até 1º de junho; de quinta a sábado, às 21h; domingo, às 20h, no Teatro 1 do CCBB (SCES trecho 2). Ingressos a R$ 5 (meia). NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 10 ANOS.

Campus On-line (UnB)

Musical com canções de Odair José revive a obra do Cantor

Vitor Sales
    As músicas de Odair José marcam o musical que será lançado no próximo dia 8 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil. As canções do cantor são o pano de fundo para o desenrolar da trama de “Vou tirar você deste lugar”.
    Odair José marcou a cena brasileira da década de 1970 com letras que desafiavam o pudor da censura militar ao colocar como foco personagens e cenas do cotidiano que até aquele momento eram marginalizadas. Empregadas e prostitutas tornaram-se protagonistas de composições que são verdadeiras crônicas da realidade brasileira do período. “Odair José fala do povo, e isso incomodou muito. Ele vai ali no ceio na história das pessoas marginalizadas. Ele foi um dos cantores mais censurados, pois ele fala sobre comportamento, (...) ele começou a falar das pessoas que via, e a censura militar via isso como uma coisa perigosa pois a estrutura da ditadura está na família, tradição e propriedade, e ele vai atacar isso que ninguém estava atacando”, disse o diretor da peça Sérgio Maggio.
    A partir da canção “Vou tirar você deste lugar” lançada em 1972, o cantor passa por um momento de grande sucesso e tensão. A letra da música conta a história de um homem que se apaixona por uma prostituta e se casa com ela, o que chocou o conservadorismo militar. Com este incidente todas suas músicas começaram a passar pelo crivo da Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP).
    Jamile Racanicci
    O diretor Sérgio Maggio apresenta a equipe da peça "Eu vou te tirar deste lugar", baseada na obra musical de Odair José.
    O lançamento de “Uma vida só” com seu refrão “Pare de tomar a pílula, porque ela não deixa o nosso filho nascer. Pare de tomar a pílula, pois ela não deixa sua barriga crescer” foi proibida pelo governo que, no período, estruturava uma campanha de controle de natalidade baseada na distribuição de anticoncepcionais.
    Apesar das divergências com a Ditadura quanto a censura de suas músicas, Odair José conseguiu compor uma carreira musical sólida além de eternizar na memória brasileira canções pautadas pela sinceridade e pela capacidade de tocar em temas polêmicos que estão atrelados ao cotidiano.
    Sérgio Maggio, diretor e autor da peça, transpôs para os palcos uma trama permeada pela matéria prima das canções de Odair, “Não é um musical biográfico, mas um roteiro original.  A partir das canções eu  enxerguei as personagens, e nisso criei uma história inédita em que fui encaixando as canções.”
    Jamile Racanicci
    O ator Luiz Felipe Ferreira e a atriz Gabriela Correia ensaiam a música "Cadê você", de Odair José.
    Fazer um musical
    Os musicais estão cada vez mais no gosto do público brasileiro. Isso fica claro quando espetáculos nacionais desse gênero chegam a cifras milionárias, a exemplo disso são as produções “Elis Regina”, em que foram investidos R$ 4,5 milhões, “Se eu fosse você” , R$ 10 milhões, e “Tudo por um posptar” R$3,5 milhões. Os espectadores vêm consolidando o consumo de musicais, o mercado e patrocinadores começam a descobrir esse campo cultural.
    Brasília possui poucos musicais com montagem própria, o eixo de produção concentrado entre Rio de Janeiro e São Paulo dificulta a cena regional. “A gente tem a missão de dar certo, para que invistam no potencial daqui, Brasília exportou muitos interpretes. Estamos pegando com uma geração novíssima que não precisou ir para Rio ou São Paulo fazer musical, que pode ter essa experiência aqui.”, explica Maggio.
    O Elenco
    “Vou tirar você deste lugar” é nova oportunidade não só pra o público prestigiar um produto autenticamente brasiliense, mas também para assistir jovens artistas da capital que começam a viver o gênero musical.
    “É um gênero muito complicado de se trabalhar que exige uma capacidade técnica e habilidades muito específicas. Então, além de você ser ator em cena, você tem que estar cantando em cena, o que exige muita técnica. Você tem também que dançar, o que exige uma técnica mais específica ainda, tem que ter um jogo de cintura. Eu estou realizando um sonho de fazer um musical em Brasília.” comentou a atriz Gabriela Correia que se prepara para estrelar seu primeiro musical.
    Além de contar com jovens atores o elenco também é composto pela ilustre presença de Maria Alcina. Agora em 2014, a irreverente cantora completa 40 anos de carreira, “Fico muito feliz, estou fazendo 40 anos de carreira, isso foi pra mim um marco fundamental na minha vida, e ainda estar me renovando no sentindo de estar fazendo coisas diferentes como um musical me deixa mais feliz”.
    Jamile Racanicci
    Mais conhecida por interpretar a música "Fio Maravilha", de Jorge Ben, a cantora Maria Alcina teve seu auge nos anos 70.
    Maria Alcina, que assim como Odair José teve sua carreira prejudicada pela Ditadura Militar por ser acusada de  “atentado contra a moral e os bons costumes da família brasileira”, se reinventa nos palcos e no mercado com o lançamento de seu novo CD, “De normal bastam os outros”. “Eu vim aqui para Brasília, mas as coisas em São Paulo continuam. Meu produtor tá agitando a mil lá e eu precisava de um trabalho para poder exuberar mais. Para mim foi muito bom estar convivendo com os atores, todos muito jovens, o que renovou minha energia para que em 2014 eu possa sair pelo mundo.”


    O espetáculo
    “O público que vai assistir achando que vai ver um espetáculo brega irá sair surpreendido cantando as músicas do Odair. Aquelas pessoas que forem apenas por curiosidade vão começar gostar do Odair e quem já gostava do Odair vai gostar mais ainda, porque neste espetáculo são resgatadas músicas que estão muito desconhecidas do grande público.”, contou o ator veterano, que também estará no elenco, Jones de Abreu.
    O autor faz mistério quanto ao roteiro, porém adianta que o ponto de partida é um caso real que foi a morte da famosa cortesã Nenê Romano na São Paulo dos anos 1920, a meretriz  foi morta por um de seus clientes que havia se apaixonado por ela. A partir daí o tempo da peça se transfere para os anos 1970, que é quando enredo se desenrola.
    O musical “Eu vou tirar você deste lugar” estreia em 8 de maio de 2014, no CCBB Brasília. As sessões são de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h. Os Ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia). Vendas a partir de 27 de abril na bilheteria do CCBB (Setor de Clubes Sul).

    Jornal Teatro

    As Canções de Odair José

    music1.jpgPela primeira vez, as canções de um dos maiores ícones da música popular e romântica brasileira estarão no palco para dar vida a uma dramaturgia inédita. Eu vou tirar você deste lugar – As Canções de Odair José, que estreia 8 de maio para o público, cumpre temporada no  Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB), de quinta a domingo, até o dia 1 de junho, foi totalmente inspirada no vasto repertório do cantor e compositor goiano e marca ainda o retorno da explosiva cantora mineira Maria Alcina atuando como atriz em um espetáculo do gênero. Alcina (que esse ano comemora quatro décadas de carreira e acaba de lançar o prestigiado álbum de inéditas De Normal Bastam os Outros) interpreta a cafetina “China” na montagem.

    O papel foi criado especialmente para Maria Alcina, que encabeça o elenco do musical, pelo baiano-brasiliense Sérgio Maggio, diretor e roteirista de As Canções de Odair José. Maggio também é diretor de Eros Impuro, peça que já foi apresentada em temporadas Brasil afora. A cantora Maria Alcina já se encontra em Brasília, onde faz ensaios para a estreia. O espetáculo tem a benção do compositor Odair José, supervisor musical da montagem, que está diretamente envolvido com na seleção do repertório de canções propostas por Maggio. 
    Eu vou tirar você deste lugar – As Canções de Odair José marca também marca uma importante estreia. Será a primeira vez que Maria Alcina interpretará músicas do vasto e simbólico repertório de sucessos criado por Odair. O projeto  também o primeiro baseado na obra de Odair José  realizado no Brasil. Aliás, outro ponto digno de nota, é que o musical tem a sua estreia em Brasília – ou seja, deslocada da dobradinha cultural tradicionalmente formada por Rio/SP, numa aposta ousada do CCBB Brasília.
    O musical dá vida a uma história na qual tipos populares, tal qual a prostituta, a doméstica e o garoto sonhador encontram-se numa dramaturgia entremeada por canções que permanecem vivas no imaginário popular brasileiro. Longe de ser biográfica, a montagem é, pode-se dizer, uma ode ao criador de canções como “Eu vou tirar você deste lugar” e “Pare de tomar a pílula”. Cronista de seu tempo, Odair José relatou tipos urbanos segregados da sociedade e os incluiu num cancioneiro popular que se alastrou em todo o país. “São, na verdade, composições [de Odair José] de forte cunho social, para os anos 1970 e ainda hoje”, diz Sergio Maggio, diretor do espetáculo.
    Produção – Em As Canções de Odair José, quem assina a direção de produção é Fernanda Signorini, produtora com mais de 30 anos de experiência. Recentemente, Fernanda produziu o premiado espetáculo Eu não dava praquilo, com Cássio Scapin. A produtora executiva é Claudia Charmilot, que iniciou a carreira há 20 anos com Deto Montenegro e hoje atua entre Brasília e Rio de Janeiro. Produz, atualmente, a montagem Eros Impuro. A direção musical está sob a batuta do músico Alex Souza, também ator, compositor e integrante do grupo Caraivana. A diretora de movimento é Márcia Duarte, coreógrafa do histórico grupo Endança, de Brasília. Outros nomes que integrarão o elenco, além de Maria Alcina, são o ator Jones de Abreu, que atuou em peças dirigidas por Hugo Rodas, Antonio Abujamra e Miriam Virna, e Camila Guerra, atriz revelada na peça de Hugo Rodas, Ensaio Geral. Completam o elenco jovens descobertos em audição. São eles: Luiz Felipe Ferreira, Gabriela Corrêa, Rodrigo Mármore, Tainá Baldez e Gabriel Estrela. A equipe de 40 profissionais conta ainda com Marielhe Borges (preparadora vocal e uma das finalistas da primeira edição do programa Ídolos), Vinicius Ferreira (iluminador e parceiro de Maggio em Eros Impuro), Maria Carmem (uma das principais cenógrafas do país, com passagem no histórico Teatro Jovem nos anos 1960), Roustang Carrilho (premiado figurinista de Brasília), Cyntia Carla (requisitada visagista). Autora de um dos musicais mais badalados nos anos 1990, Os Cafajestes, Aninha Franco será uma provocadora cênica durante a realização do processo.
    Odair – Odair José também integra a ficha técnica do projeto. Ele foi convidado pessoalmente por Sérgio Maggio para supervisionar a pesquisa musical e a escolha de repertório, fugindo do caminho fácil de selecionar somente seus inúmeros hits. Lisonjeado com o convite, aceitou integrar o processo de criação. Toda a produção de As Canções de Odair José será feita em Brasília, e assim colocar a cidade nacionalmente no circuito de musicais.