Inspirado
no universo do cantor de Cadê você, o
musical, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), fará sessões, com
entrada franca, entre 18 de março a 2 de abril, nas unidades do Sesc
Depois
de cumprir itinerância de 80 sessões em quatro capitais (Brasília, Belo
Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) para público de 15 mil espectadores, o
musical Eu vou tirar você deste lugar –
As canções de Odair José retorna ao Distrito Federal para apresentações nos
teatros Paulo Autran, em Taguatinga (dias
18, às 21h, e 19 de março de 2017, às 19h), Newton Rossi (dias 25, às 21h, e 26 de março de 2017, às
19h) e Paulo Gracindo (Gama, dias 1º
de abril, às 21h, e 2 de abril de 2017, às 19h). A entrada é franca.
O
musical tem patrocínio do Governo do Distrito Federal, da Secretaria de Cultura
e do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e apoio do Sesc e da Faculdade de Artes
Dulcina de Moraes. Durante a temporada, haverá sessões com acessibilidade para
pessoas com surdez (libras e estenotipia), estimulo à doação de livros e coleta
de lixo eletrônico. Após as sessões dos domingos, artistas promovem o painel
“Yes, nós temos musical brasileiro!”, além da oficina “Dramaturgia para Musical”,
realizada na Ocupação Dulcina Vive.
Sucesso
de público e de crítica, Eu vou tirar
você deste lugar – As canções de Odair José foi indicado como melhor
espetáculo em voto popular ao Prêmio Bibi Ferreira 2015, o mais prestigiado do
gênero no país. Venceu nas categorias Trilha Sonora (canções de Odair José) e
Personalidade do Ano (Sérgio Maggio) no Prêmio Melhores do Teatro de 2014 do
Portal R7 SP (ainda foi indicado à Atriz Revelação – Gabriela Correa).
Recentemente, foi eleito pelo portal especializado Musical Cast (SP), como um
dos 10 melhores musicais genuinamente brasileiros produzidos neste século.
“Voltar
ao Distrito Federal, onde esse sonho foi gestado, é uma conquista. O musical
movimenta uma equipe de 25 pessoas e levá-lo às cidades do DF é um exercício de
política de acesso democrático”, destaca o diretor-dramaturgo Sérgio Maggio.
Nesse
novo ciclo, o musical traz aos palcos do DF a vedete e cantora Watusi, estrela
dos anos 1980 do mítico Moulin Rouge e uma das atrações do antológico musical Golden Rio, 12 anos em cartaz no Scalla,
onde brilhou ao lado de Grande Othelo. “É a primeira vez que interpreto uma
personagem, do começo ao fim de um espetáculo teatral. Estou impressionada com
a qualidade das canções de Odair José e a forma como foram entrelaçadas a um
texto inédito”, destaca a cantora.
Um
dos mais respeitados maestros do país, Luís Filipe Lima (de “Sassarincando”,
“Bilac Vê Estrelas” e “Noel, O Poeta da Vila”) assume a direção musical da
montagem, que tem direção de produção da Criaturas Alaranjadas e produção executiva
de Milca Luna e Ana Paula Martins.
Coro de espectadores
O
musical mexe com o imaginário dos espectadores ao pôr em cena temas de um dos
maiores ídolos da canção romântica e popular no Brasil (10 milhões de discos
vendidos na década de 1970). É comum, durante e após a apresentação, o
espectador cantarolar temas que venceram o tempo, como Cadê você e A noite mais
linda do mundo. A partir de um roteiro inédito e ficcional, 20 canções (de
um repertório que beira 400 músicas) costuram uma narrativa não biográfica, que
teve roteiro musical supervisionado por Odair José.
“Estou muito feliz em saber que a minha obra serviu a um
teatro de qualidade”, exalta Odair José, que assina a supervisão musical do
espetáculo.
A
partir de uma pesquisa sobre arquétipos que habitam as canções de Odair José
(cujas letras são crônicas cotidianas), o musical se move numa trama que se
inicia, em 1923, quando a cidade de São Paulo foi abalada por um escândalo
moralista (o assassinato da cortesã Nenê Romano, morta por um jovem e renomado
advogado, filho de família tradicional), e segue para o ano de 1973, com o
Brasil amordaçado no auge da ditadura militar.
“É nesse contexto que surge a história de um jovem que
enfrenta a força patriarcal para realizar o sonho de ser um cantor de
rock´n´roll. Tensões políticas e jogos de costumes conduzem a narrativa de uma
comédia musical formalmente inspirada em gêneros populares”, conta Sérgio
Maggio, autor do livro Conversas de
Cafetinas (Prêmio Jabuti 2010).
O
desafio de criação era compor uma montagem que fosse esteticamente popular como
as mensagens das letras de Odair José, mas que guardasse em si um conteúdo de
protesto e indignação social, que fez do cantor e compositor um dos mais
censurados pela ditadura militar. Para isso, Sérgio Maggio mergulhou numa
pesquisa sobre os gêneros populares, que, no Brasil, foram condenados pelo
preconceito intelectual por alcançar a larga audiência, não iniciada em arte.
Os pejorativamente acusados de popularesco.
“Hoje, a obra de Odair José passou por revisão crítica.
Mas, nos anos 1970, ou foi ignorada ou escanteada por alcançar os quartos de
fundos da classe média, onde habitavam as empregadas domésticas, e as casas de
prostituições (daí ser chamado de brega). Odair José era cantor de rádio AM e o
nosso desafio recaiu em criar um musical com o alcance do radinho de pilha. Por
isso, fui beber nas chanchadas (cinema), nas novelas de Janete Clair (tevê),
nas comédias ligeiras das companhias Eva Todor e Dulcina-Odilon (o empresário
batiza um dos personagens), no escracho de Dercy Gonçalves, nas fotonovelas e radionovelas.
Tudo que foi considerado menor, mas que hoje, com os olhos da contemporaneidade,
é revisto criticamente”, destaca Maggio.
Com
processo de criação compartilhada (com os atores propondo a criação das cenas
no sistema de workshop), o musical leva o âmbito das canções de Odair José
(melodicamente primorosas) para o rock, raiz e forte influência do compositor
nos anos 1970 (Paul Anka, Beatles e a country music), quando chegou a ser
comparado à sonoridade de Bob Dylan. A mistura do rock e da comédia popular
produziu um dos maiores sucessos do teatro musical brasileiro da atualidade com
sessões lotadas, ingressos extras e filas para ocupar as desistências. “O tempo
tem sido o meu melhor crítico”, aponta Odair José.
Fora do eixo
Um
dos méritos culturais desse trabalho está no deslocamento do eixo de produção
do teatro musical brasileiro do Rio-SP para Brasília, cidade que tem exportado
talentos como Sara Sarres, Ester Elias e Saulo Vasconcelos, mas que ficou de
fora da atual safra de produção (nos anos 1980, Oswaldo Montenegro fez
sucessivos musicais com as desconhecidas Cássia Eller e Zélia Cristina, hoje
Duncan). Assim, por meio de audição, talentos que sonhavam em fazer carreira no
teatro musical brasileiro tiveram a primeira chance de integrar uma montagem profissional
sem sair do Centro-Oeste.
Assim,
jovens talentos, como Camila Guerra, Luiz Felipe Ferreira, Gabriela Corrêa,
Rodrigo Mármore e Tainá Baldez dividem a cena com Watusi e Sérgio Fidalgo, um
dos atores mais respeitados da cena brasiliense.
O
QUE DISSE A CRÍTICA:
“Musical mostra que Odair José extrapola os clichês
associados à cafonice”
Estado de Minas
“O resultado, estimulante, vai tirar você deste
lugar. Esqueça a quarta parede”
CORREIO
BRAZILIENSE
“Simples e cativante”
VEJA
BRASÍLIA
“Cativado pela despretensão da montagem, espectador
se envolve a ponto de cantarolar trechos das 20 músicas do roteiro”
VEJA
SP
“As canções rejeitadas por parte da
intelectualidade nacional foram recuperadas sob direção geral de Sergio Maggio.
O musical Eu Vou Tirar Você Desse Lugar realmente
colocou as canções de Odair José em um novo — e melhor — patamar”
PORTAL R7
“Com o êxito do musical, ao que parece, e isso pode ser uma boa
notícia, o teatro musical ameaça extrapolar o eixo Rio-São Paulo, centros já
consagrados do gênero, e alargar assim suas fronteiras”
REVISTA STRAVAGANZA
“A encenação chama a atenção pela qualidade dos artistas que estão
no palco”,
APLAUSO BRASIL
“Um delicioso passeio pelas canções de um ídolo
popular”
JORNAL
MEIAUM
“Roteiro primoroso enlaça as músicas de Odair de
forma natural”,
BLOG
DO NOEL
SERVIÇO:
Temporada:
Taguatinga:
18.03.17 (sábado, às 21h) e 19.03.17
(domingo, às 19h)
Dia 18.03, haverá intérprete de
libras
Dia 19.03, painel de debate após a
sessão
Local: Teatro Paulo Autran
Endereço: CNB 12 AE 2/3 - Taguatinga Norte.
Telefone: 3451-9103
Ceilândia:
25.03.17 (sábado, às 21h) e 26.03.17
(domingo, às 19h)
Local: Teatro Newton Rossi
Dia 26.03, painel de debate após a
sessão
Endereço: Centro de Atividades SESC Ceilândia
- QNN 27 Área Especial Lote B - Ceilandia Norte. Telefone: 3379-9586
Gama:
01.04.17 (sábado, às 21h) e 02.04.17
(domingo, às 19h)
Dia 01.04, haverá estenotipia
Dia 02.04, painel de debate após a
sessão Dia 19.03, painel de debate após a sessão Local: Teatro Newton Rossi
Endereço:
SIND QI 1 – Gama. Telefone: 3484-9103
Duração: 90 min
Não Recomendado para Maiores de 12
anos
Entrada franca
A produção pede que os espectadores
doem livros e lixo eletrônico
Contatos entrevistas: (61) 99232-2235 ou 3045-9905
FICHA TÉCNICA
EU VOU TIRAR VOCÊ
DESTE LUGAR – AS CANÇÕES DE ODAIR JOSÉ -
ESPETÁCULO MUSICAL
Dramaturgia e direção: Sérgio Maggio.
Supervisor de roteiro musical: Odair José
Elenco: Watusi,
Sérgio Fidalgo, Gabriela Correa, Luiz Felipe Ferreira, Camila Guerra, Rodrigo
Mármore e Tainá Baldez.
Músicos:
Guilherme Gê, André Togni e Zé Krishna.
Diretor Musical: Luis Filipe Lima
Diretora de Movimento: Márcia Duarte
Diretor Assistente: Jones de Abreu
Provocadora Cênica: Aninha Franco
Cenógrafa: Maria Carmen Souza
Figurinista: Roustang Carrilho.
Supervisão de figurino e
guarda-roupa de Watusi:
Jones de Abreu
Iluminação e operação de luz: Vinicius Ferreira
Direção de palco: Jones de Abreu e Gilson Cezzar
Desenho de Som: Augusto de Pádua
Produção Executiva: Milca Luna e Ana Paula Martins
Direção de Produção:
Criaturas Alaranjadas