Teatro Musical

Teatro Musical
Produção: Criaturas Alaranjadas e Signorini Produções

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Artistas do DF repudiam o fechamento do terreiro de Umbanda Fraternidade Universalista da Divina Luz Crística


Brasília, 11 de fevereiro de 2019

CARTA ABERTA DE REPÚDIO AO FECHAMENTO
DA FRATERNIDADE UNIVERSALISTA DA DIVINA LUZ CRÍSTICA



Nós, artistas e produtores culturais do Distrito Federal, nos colocamos em estado de preocupação e de repúdio em relação ao fechamento do terreiro de Umbanda, Fraternidade Universalista da Divina Luz Crística - FUDLC, situado na região do Park Way, no dia 5 de fevereiro de 2019 pela AGEFIS (órgão de fiscalização do GDF), que, baseado em ligação de denúncia, coibiu as atividades do terreiro, alegando que a instituição “executaria atividades com fins culturais e artísticos sem o devido alvará".

A Fraternidade é reconhecida como um terreiro de Umbanda pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Governo Federal e responsável pelo combate ao racismo e, também, à discriminação contra religiões afrobrasileiras.

É também uma instituição filiada à Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, sendo reconhecida como uma entidade religiosa sem fins lucrativos.
Esse precedente aberto pela AGEFIS é um perigoso caminho para violação constitucional do livre exercício de práticas religiosas. Ressaltamos a importância do Governo do Distrito Federal em defender as religiões de matriz africana, que historicamente são perseguidas no Brasil.

Abaixo-assinado

1 – Sérgio Maggio (diretor-dramaturgo e jornalista)

2 – Jones Abreu Schneider (ator)
3 – Criaturas Alaranjadas Núcleo de Criação Continuada
4 – Ana Carolina Nemetala Gomes (atriz e Conselheira de Cultura do Park Way)
 5 – Wellington Abreu (ator e Conselheiro de Cultura da Secretaria de Cultura do DF)
6 – Patrícia Rochael (atriz e Mestre em Psicologia Clínica)
7 – Sheila Campos (atriz, comunicadora e mestranda na Universidade de Brasília)
8 – Ana Paula Rodrigues Martins (produtora)
9 – Daniela Vasconcelos (atriz e produtora cultural)
10 – Rodrigo Machado (assessor de imprensa)     
11 – Miriam Virna (artista multidisciplinar)
12 – Abaetê Queiroz (ator e diretor de teatro)
13 – José de Campos [Ator e Preparador de Atores]
14 – Lucio Campello (Ator e Jornalista)
15 – Juliana Tavares (atriz e produtora)
16 – Deni Moreira (ator e produtor cultural)
17 – Abaetê Queiroz (ator e diretor de teatro)
18 – Moisez Vasconcellos (iluminador cênico e ator)
19 – Jorge Luiz (produtor)
20 – Giselle Ando (atriz)
21 - Tatiana Carvalhedo (atriz e produtora cultural)
22 – Simone de Oliveira (atriz)
23 – Maíra Oliveira (atriz e acrobata)
24 – Alessandra Vieira (atriz, palhaça, produtora cultural e Sacerdotisa Nação Jejê Mahi e de Umbanda)
25 – Maria Carmen de Souza (cenógrafa)
26 – Christiane Ramirez (gestora cultural e de matriz religiosa umbanda)
27 – Davi Maia (palhaço e ator)
28 – Victor Abrão (ator)
29 – Julio Cesar, Palhaço Mandioca Frita (Mestre Palhaço)
30 – Denis Camargo (Diretor, Ator, Palhaço e Doutor em Artes)
31 – Nadja Dulci (atriz e produtora cultural)
32 – Humberto Pedrancini (ator e diretor)
33 – Rodrigo Lelis (ator e técnico Teatral)
34 – Tereza Padilha (atriz- gestora espaço cultural MAPATI)
35 – Marcelo Pelucio (ator)
36 – Larissa Mauro (atriz e produtora cultural)
37 – Juliana Zancanaro (atriz, produtora, publicitária)
38 – Tathyana Lopes (atriz e psicóloga)
39 – Marina Olivier (atriz e produtora cultural)
40 – Ana Carolina Lacombe (produtora cultural)
41 – Júlia Tolentino (produtora cultural)
42 – Geralda Maria Gonsalves Saigg (atriz)
43 – Isabelle Araújo (videomaker)
44 – Rita Andrade (ativista cultural e conselheira de cultura do Plano Piloto)
45 – Leonice Pereira dos Santos (atriz)
46 – Dina Brandão- (atriz).
47 – Gleide Firmino (atriz)
48 – Adilson Diaz (ator e produtor cultural)
49 – Félix Saab (palhaço e ator)
50 – Marcos Pacheco (ator, diretor, dramaturgo e roteirista)
51 – Letícia Lopez (atriz, roteirista, videomaker)
52 – Cristiane Brandão Ribeiro Mendes (atriz, escritora, psicóloga)
53 – Tiana Oliveira (atriz e produtora)
54 – Rogério Paiva (agente cultural social)
55 – Marcia Costa
56 – Carmem Moretzsohn (atriz e jornalista)
57 – Raquel Camargo (fotógrafa)
58 – Cláudia Daibert (cantora e produtora cultural)
59 – Anamaria Muhlemberg (produtora audiovisual)
60 – Elena Góes (produtora audiovisual)
61 – Lilian França  (atriz e Psicóloga )
62 – Thiago Enoque (ator, palhaço, circense)
63 – Hugo Rodas (ator, diretor, bailarino iluminador)
64 – Kuka Escosteguy (atriz)
65 – José Regino de Oliveira (palhaço, diretor de teatro e Mestre em Artes pela Universidade de Brasília)
66 – Rai Melodia (ator, músico e jornalista)
67 – Suene Karim (atriz e produtora cultural)
68 – Súlian Princivalli (artista e produtora cultural)


Atualizado 06:15 do dia 12.02.19 e encaminhado para divulgação pública

segunda-feira, 6 de março de 2017

Imagens de Atos 2 Multimídia/Divulgação

Gabriela Correa é a empregada Susie 
Tainá Baldez (como Adelina) e Luiz Filipe Ferreira (Odilon)



Camila Guerra como Madame Pommery e Luiz Filipe Ferreira (Odilon)

Tainá Baldez (Adelina) e Luiz Filipe Ferreira (Odilon) 
Watusi como Madame China


Luiz Filipe Ferreira como Matias 
Luiz Filipe Ferreira como Matias



Gabriela Correa como Susie

Watusi como China


Gabriela Correa como Susie e Watusi como China

Rodrigo Mármore como Jimmie e Luiz Felipe Ferreira como Matias 
Gabriela Correa é Susie



Gabriela Correa é Susie

Camila Guerra é Margot

Camila Guerra é Margot

Camila Guerra é Margot 
Camila Guerra é Margot






Musical retorna ao DF em itinerância pelas cidades de Taguatinga, Ceilândia e Gama, com entrada franca

 
Inspirado no universo do cantor de Cadê você, o musical, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), fará sessões, com entrada franca, entre 18 de março a 2 de abril, nas unidades do Sesc

Depois de cumprir itinerância de 80 sessões em quatro capitais (Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) para público de 15 mil espectadores, o musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José retorna ao Distrito Federal para apresentações nos teatros Paulo Autran, em Taguatinga (dias 18, às 21h, e 19 de março de 2017, às 19h), Newton Rossi (dias 25, às 21h, e 26 de março de 2017, às 19h) e Paulo Gracindo (Gama, dias 1º de abril, às 21h, e 2 de abril de 2017, às 19h). A entrada é franca.
O musical tem patrocínio do Governo do Distrito Federal, da Secretaria de Cultura e do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e apoio do Sesc e da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Durante a temporada, haverá sessões com acessibilidade para pessoas com surdez (libras e estenotipia), estimulo à doação de livros e coleta de lixo eletrônico. Após as sessões dos domingos, artistas promovem o painel “Yes, nós temos musical brasileiro!”, além da oficina “Dramaturgia para Musical”, realizada na Ocupação Dulcina Vive.
Sucesso de público e de crítica, Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José foi indicado como melhor espetáculo em voto popular ao Prêmio Bibi Ferreira 2015, o mais prestigiado do gênero no país. Venceu nas categorias Trilha Sonora (canções de Odair José) e Personalidade do Ano (Sérgio Maggio) no Prêmio Melhores do Teatro de 2014 do Portal R7 SP (ainda foi indicado à Atriz Revelação – Gabriela Correa). Recentemente, foi eleito pelo portal especializado Musical Cast (SP), como um dos 10 melhores musicais genuinamente brasileiros produzidos neste século.
“Voltar ao Distrito Federal, onde esse sonho foi gestado, é uma conquista. O musical movimenta uma equipe de 25 pessoas e levá-lo às cidades do DF é um exercício de política de acesso democrático”, destaca o diretor-dramaturgo Sérgio Maggio.

Nesse novo ciclo, o musical traz aos palcos do DF a vedete e cantora Watusi, estrela dos anos 1980 do mítico Moulin Rouge e uma das atrações do antológico musical Golden Rio, 12 anos em cartaz no Scalla, onde brilhou ao lado de Grande Othelo. “É a primeira vez que interpreto uma personagem, do começo ao fim de um espetáculo teatral. Estou impressionada com a qualidade das canções de Odair José e a forma como foram entrelaçadas a um texto inédito”, destaca a cantora.
Um dos mais respeitados maestros do país, Luís Filipe Lima (de “Sassarincando”, “Bilac Vê Estrelas” e “Noel, O Poeta da Vila”) assume a direção musical da montagem, que tem direção de produção da Criaturas Alaranjadas e produção executiva de Milca Luna e Ana Paula Martins.

Coro de espectadores

O musical mexe com o imaginário dos espectadores ao pôr em cena temas de um dos maiores ídolos da canção romântica e popular no Brasil (10 milhões de discos vendidos na década de 1970). É comum, durante e após a apresentação, o espectador cantarolar temas que venceram o tempo, como Cadê você e A noite mais linda do mundo. A partir de um roteiro inédito e ficcional, 20 canções (de um repertório que beira 400 músicas) costuram uma narrativa não biográfica, que teve roteiro musical supervisionado por Odair José.
Estou muito feliz em saber que a minha obra serviu a um teatro de qualidade”, exalta Odair José, que assina a supervisão musical do espetáculo.
A partir de uma pesquisa sobre arquétipos que habitam as canções de Odair José (cujas letras são crônicas cotidianas), o musical se move numa trama que se inicia, em 1923, quando a cidade de São Paulo foi abalada por um escândalo moralista (o assassinato da cortesã Nenê Romano, morta por um jovem e renomado advogado, filho de família tradicional), e segue para o ano de 1973, com o Brasil amordaçado no auge da ditadura militar.
É nesse contexto que surge a história de um jovem que enfrenta a força patriarcal para realizar o sonho de ser um cantor de rock´n´roll. Tensões políticas e jogos de costumes conduzem a narrativa de uma comédia musical formalmente inspirada em gêneros populares”, conta Sérgio Maggio, autor do livro Conversas de Cafetinas (Prêmio Jabuti 2010).
O desafio de criação era compor uma montagem que fosse esteticamente popular como as mensagens das letras de Odair José, mas que guardasse em si um conteúdo de protesto e indignação social, que fez do cantor e compositor um dos mais censurados pela ditadura militar. Para isso, Sérgio Maggio mergulhou numa pesquisa sobre os gêneros populares, que, no Brasil, foram condenados pelo preconceito intelectual por alcançar a larga audiência, não iniciada em arte. Os pejorativamente acusados de popularesco.
Hoje, a obra de Odair José passou por revisão crítica. Mas, nos anos 1970, ou foi ignorada ou escanteada por alcançar os quartos de fundos da classe média, onde habitavam as empregadas domésticas, e as casas de prostituições (daí ser chamado de brega). Odair José era cantor de rádio AM e o nosso desafio recaiu em criar um musical com o alcance do radinho de pilha. Por isso, fui beber nas chanchadas (cinema), nas novelas de Janete Clair (tevê), nas comédias ligeiras das companhias Eva Todor e Dulcina-Odilon (o empresário batiza um dos personagens), no escracho de Dercy Gonçalves, nas fotonovelas e radionovelas. Tudo que foi considerado menor, mas que hoje, com os olhos da contemporaneidade, é revisto criticamente”, destaca Maggio.
Com processo de criação compartilhada (com os atores propondo a criação das cenas no sistema de workshop), o musical leva o âmbito das canções de Odair José (melodicamente primorosas) para o rock, raiz e forte influência do compositor nos anos 1970 (Paul Anka, Beatles e a country music), quando chegou a ser comparado à sonoridade de Bob Dylan. A mistura do rock e da comédia popular produziu um dos maiores sucessos do teatro musical brasileiro da atualidade com sessões lotadas, ingressos extras e filas para ocupar as desistências. “O tempo tem sido o meu melhor crítico”, aponta Odair José.

Fora do eixo
Um dos méritos culturais desse trabalho está no deslocamento do eixo de produção do teatro musical brasileiro do Rio-SP para Brasília, cidade que tem exportado talentos como Sara Sarres, Ester Elias e Saulo Vasconcelos, mas que ficou de fora da atual safra de produção (nos anos 1980, Oswaldo Montenegro fez sucessivos musicais com as desconhecidas Cássia Eller e Zélia Cristina, hoje Duncan). Assim, por meio de audição, talentos que sonhavam em fazer carreira no teatro musical brasileiro tiveram a primeira chance de integrar uma montagem profissional sem sair do Centro-Oeste.
Assim, jovens talentos, como Camila Guerra, Luiz Felipe Ferreira, Gabriela Corrêa, Rodrigo Mármore e Tainá Baldez dividem a cena com Watusi e Sérgio Fidalgo, um dos atores mais respeitados da cena brasiliense.


O QUE DISSE A CRÍTICA:
“Musical mostra que Odair José extrapola os clichês associados à cafonice”
Estado de Minas
“O resultado, estimulante, vai tirar você deste lugar. Esqueça a quarta parede”
CORREIO BRAZILIENSE
“Simples e cativante”
VEJA BRASÍLIA
“Cativado pela despretensão da montagem, espectador se envolve a ponto de cantarolar trechos das 20 músicas do roteiro”
VEJA SP
“As canções rejeitadas por parte da intelectualidade nacional foram recuperadas sob direção geral de Sergio Maggio. O musical Eu Vou Tirar Você Desse Lugar realmente colocou as canções de Odair José em um novo — e melhor — patamar”
PORTAL R7
“Com o êxito do musical, ao que parece, e isso pode ser uma boa notícia, o teatro musical ameaça extrapolar o eixo Rio-São Paulo, centros já consagrados do gênero, e alargar assim suas fronteiras”
REVISTA STRAVAGANZA
“A encenação chama a atenção pela qualidade dos artistas que estão no palco”,
APLAUSO BRASIL
“Um delicioso passeio pelas canções de um ídolo popular”
JORNAL MEIAUM
“Roteiro primoroso enlaça as músicas de Odair de forma natural”,
BLOG DO NOEL

 

SERVIÇO:


Temporada:
Taguatinga:
18.03.17 (sábado, às 21h) e 19.03.17 (domingo, às 19h)
Dia 18.03, haverá intérprete de libras
Dia 19.03, painel de debate após a sessão
Local: Teatro Paulo Autran
Endereço: CNB 12 AE 2/3 - Taguatinga Norte. Telefone: 3451-9103
Ceilândia:
25.03.17 (sábado, às 21h) e 26.03.17 (domingo, às 19h)
Local: Teatro Newton Rossi
Dia 26.03, painel de debate após a sessão
Endereço: Centro de Atividades SESC Ceilândia - QNN 27 Área Especial Lote B - Ceilandia Norte. Telefone: 3379-9586

Gama:
01.04.17 (sábado, às 21h) e 02.04.17 (domingo, às 19h)
Dia 01.04, haverá estenotipia
Dia 02.04, painel de debate após a sessão Dia 19.03, painel de debate após a sessão Local: Teatro Newton Rossi
Endereço: SIND QI 1 – Gama. Telefone: 3484-9103

Duração: 90 min
Não Recomendado para Maiores de 12 anos
Entrada franca
A produção pede que os espectadores doem livros e lixo eletrônico

Contatos entrevistas: (61) 99232-2235 ou 3045-9905



FICHA TÉCNICA
EU VOU TIRAR VOCÊ DESTE LUGAR – AS CANÇÕES DE ODAIR JOSÉ  - ESPETÁCULO MUSICAL
Dramaturgia e direção: Sérgio Maggio.
Supervisor de roteiro musical: Odair José
Elenco: Watusi, Sérgio Fidalgo, Gabriela Correa, Luiz Felipe Ferreira, Camila Guerra, Rodrigo Mármore e Tainá Baldez.
Músicos: Guilherme Gê, André Togni e Zé Krishna.
Diretor Musical: Luis Filipe Lima
Diretora de Movimento: Márcia Duarte
Diretor Assistente: Jones de Abreu
Provocadora Cênica: Aninha Franco
Cenógrafa: Maria Carmen Souza
Figurinista: Roustang Carrilho.
Supervisão de figurino e guarda-roupa de Watusi: Jones de Abreu
Iluminação e operação de luz: Vinicius Ferreira
Direção de palco: Jones de Abreu e Gilson Cezzar
Desenho de Som: Augusto de Pádua
Produção Executiva: Milca Luna e Ana Paula Martins
Direção de Produção: Criaturas Alaranjadas




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Uma ótima leitura do Estado de Minas









Ele também dá rock »

Musical mostra que o Odair José extrapola os clichês associados à  cafonice


Ana Clara Brant - EM Cultura



O cantor e compositor goiano Odair José já foi tachado de brega, de rei das empregadas, Bob Dylan da Central do Brasil. Mas, de uns tempos para cá, passou a ser considerado cult. Sua obra foi revisitada por vários artistas da MPB, sobretudo seu lado mais roqueiro. E é essa faceta, mesclada à comédia popular que dá o tom ao espetáculo que chega a Belo Horizonte no fim de semana: 'Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José'.

 “É uma produção muito intensa. No imaginário das pessoas ainda tem essa coisa do brega, do cafona, mas a pegada do rock and roll é muito forte e é isso que está presente no nosso musical. Claro que não vão faltar as baladas, porém com arranjos contemporâneos. Odair tem uma matriz musical que não envelheceu”, destaca o jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio, responsável pelo texto e pela direção.

A produção que estreou em Brasília em maio, e foi sucesso de crítica e público, traz num roteiro inédito e ficcional, 20 temas que marcaram a trajetória do autor de 'Cadê você' e 'Pare de tomar a pílula', construindo um mosaico que passeia por quase cinco décadas de uma carreira consagrada, com 10 milhões de discos vendidos. O musical reúne elenco do teatro brasiliense, como os atores Jones de Abreu e Camila Guerra, além da participação mais do que especial da cantora Maria Alcina, que, pela primeira vez, interpreta canções de Odair José.

Maggio, que tem uma relação pessoal com a artista desde 2003, conta que já escreveu o texto pensando nela, que vive uma cafetina. “Alcina é uma grande surpresa. Apesar de ser cantora, ela tem uma potencialidade e uma força cênica muito grande e tem recebido elogios de todos”, ressalta.

Apesar de ainda não ter assistido a nenhuma apresentação, Odair José tem acompanhado toda a repercussão de 'Eu vou tirar você deste lugar...' e, durante o processo de ensaios e produção, deu uma espécie de consultoria à distância. “Ele foi muito aberto desde o começo e ficou feliz em saber que sua obra ia servir para um teatro de qualidade. Isso é muito bacana. Apesar de não ter conseguido ver, por questões de agenda, tem tempo ainda porque devemos viajar por várias cidades. Em São Paulo, a gente vai ficar em cartaz de novembro a janeiro”, adianta Maggio.

'Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José' conta também com a direção de produção de Fernanda Signorini; direção musical do músico Alex Souza, também ator, compositor e integrante do grupo Caraivana, e direção de movimento de Márcia Duarte, coreógrafa do histórico grupo EnDança, de Brasília.

Mesmo não tendo estreado no eixo Rio-São Paulo, Sérgio Maggio diz que a repercussão da montagem tem sido extremamente positiva, e que ele pode mostrar que é possível fazer um musical de qualidade fora dessas duas metrópoles. “Para Brasília foi um grande feito; quebramos esse eixo de criação. E acredito que isso se deu pelo fato de termos mostrado a obra de Odair, um dos maiores nomes da música romântica do país, que tem seu lugar na história e uma raiz bem brasileira, e também por termos Maria Alcina no elenco, outro ícone. Tudo isso ajudou ainda mais a dar evidência ao musical”, afirma.